Mantêm-se o impasse. Reuniões sobre reuniões, num desgaste
inútil, porque não há uma genuína vontade de entendimento, de aceitação, de se
construir uma Europa.
As vontades são particulares, de cada um, no achego às suas
conveniências primeiro, e só depois, só em declarações vagas mas pomposas de
belos principios, em bonitas enunciações, vêm os discursos sobre essa Europa
hipotética, irrealizável.
Onde estão as verdades? Onde estão as mentiras? Haja o
desfecho que houver, haverá sempre meias desculpas, deitar a culpa nos outros,
entricheirar-se em cobardias diplomáticas.
E no dia a seguir, o mundo continuará a ser o mundo. O que
importa a miséria dos outros senão varrê-los para a sargeta ? o que importa
somos nós. A solidariedade é um conceito
bonito, quando estamos satisfeitos e de barriga cheia. Aí, talvez tenhamos
algum tempo para olharmos para o outro, e eventualmente, dar-lhe uma pancada
nas costas.
Os politicos não são incompetentes por serem fracos a
desempenhar as suas funções. A incompetência é uma das competências principais nos seus currículos. Sem ela, eles
não vingariam na hierarquia das teias nebulosas e poluídas que enformam a
política contemporânea.
E nós, estamos cansados, o que lhes facilita a vida.
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