Até parece que a privatização da TAP está consumada. Não
está, faltam ainda alguns (esperançosos) procedimentos. O secretário de Estado,
Sérgio Monteiro, deve saber disso. Ainda assim, com euforia contida,
vangloriou-se perante o País de concretizar o que outros vêm tentando, sem
sucesso, desde há 15 anos. Como habitualmente, o Governo ganhou o
braço-de-ferro disputado com tantos que tentaram opor-se-lhe. Adivinhava-se,
está-lhe no ADN. Ninguém foi capaz de vender, mas este Governo conseguiu.
Hossana!
Ó dr. Sérgio, vender, vende-se sempre, tudo depende do
preço. E diga lá se, neste caso, não aceitaria vender mesmo a preço negativo…
Admirável é esta coligação pretender maiorias qualificadas para investir,
bastando-lhe a sua própria e única vontade para desinvestir. Ao contrário do
senso comum que, nas famílias, permite uma única vontade para comprar, mas
exige duas para vender.
Ninguém sabe ao certo o que está no caderno de encargos da
TAP, mas uma coisa eu sei: não consta do articulado nenhuma proibição de os
vencedores do processo virem a contratar, no futuro próximo, quem com eles,
pelo Estado, estabeleceu esta negociata. E devia constar.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.