segunda-feira, 22 de junho de 2015

A violência nos EUA

Impressiona-me a frequência com que nos EUA se dão acontecimentos tão trágicos como o que aconteceu agora em 
Charleston (EUA), onde Dylann Roof, um jovem de 21 anos, entrou numa Igreja e assassinou a tiro nove pessoas. Ora, perante mais esta tragédia, pergunto-me: Como continua a ser possível a ocorrência destes horrores no país do  " Tio Sam " ? O que leva a que, ciclicamente, aconteçam estas tragédias nos EUA ? Será que tudo isto tem a ver com o aparente  e doentio culto das armas por
parte da maioria dos norte-americanos ? E esse culto terá a ver com o choque de culturas entre o " homem branco " colonizador
e os naturais das então Nações Índias , que, como se sabe, acabou 
na dizimação destes ? A verdade é que, nos EUA, a vida do ser humano parece valer pouco, sendo o Estado o primeiro a dar o
(mau) exemplo com a permissão da pena de morte. Por tudo
isto, pergunto-me: quantas mais tragédias são " necessárias acontecer, para que o presidente Obama acabe com essas duas leis
criminosas, ou seja, aquelas que permitem que qualquer anormal, ou não, compre uma arma de fogo com a mesma facilidade com
que se compram pipocas, e a bárbara aplicação da pena de morte ? (...)

Texto de Arlindo De Jesus Costa, publicado no Jornal " Público " a 21 de Junho de 2015.

6 comentários:

  1. A nossa civilização atravessa um enorme crise de valores. E, mais gente que o imaginável, toma atitudes de desrespeito para com o seu semelhante que podemos considerar de desumanas.

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  2. Sim é verdade, mas a humanidade é governada por Estados e infelizmente muitas vezes são os esses mesmos Estados que nos dão exemplos de barbárie e que eu, na minha modesta opinião,acho que ajudam a criar revolta,mimetismos, e até pequenos monstros. Porém sabemos que a violência não existe só nos EUA, é verdade, mas é lá ( considerando apenas os países ditos civilizados) que a toda a hora acontecem tragédias como a de Charleston e é bom não esquecer os " sagrados" interesses da Indústria do armamento dos EUA. Por agora me fico por aqui. Com um abraço.

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  3. O importante é que a indústria de armamento tenha super lucros para os seus donos, as pessoas que morrem dentro e fora dos EUA não interessam aos super poderosos patrões da produção de armamento e são considerados danos «colaterais» para fins estatísticos.
    Quem pensou que Obama era diferente dos seus antecessores, teve uma grande desilusão... até os problemas raciais se agravaram.

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  4. Caro Ernesto Silva, subscrevo em pleno a sua opinião sobre a questão da violência nos EUA, a indústria do armamento e o Bluf que foi Obama. Com um abraço solidário, sou Arlindo costa.

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  5. Como é que um país nascido à força das armas pode ser manso? Só um louco acredita. Contudo, não se pode medir todos os habitantes dos EUA pela mesma rasa. Mas fabricar armas e pô-las a vomitar metralha em terra alheia é que dá mais dó. Eles, em suas casas, que se danem. E não me peçam dinheiro para os funerais.
    PS - andei a pensar em algo para escrever sobre o que o nosso comum Arlindo escreveu. E, saíu-me isto.
    Agora, deixo-vos, que me vou embora.

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    1. Amigo José Amaral,a questão talvez não seja bem assim. Afinal o nosso País também nasceu à força das armas e com todos os defeitos que possamos ter, entre nós, por enquanto, apesar de termos visto muitos filmes de Cowboys, não temos o culto das armas. Ora, acontece é que, apesar de pobres, nós evoluímos nos valores que defendem o humanismo e a Paz. Eles como Nação nem tanto. Claro que, como em tudo na vida, nos EUA existem excepções, e muita gente amante da Paz, mas não me parece que seja a maioria. Porque afinal, e aqui, concordo com o Amaral, quando se trata de " vomitar metralha em terra alheia", eles a maioria estão sempre de acordo, até acham que estão a cometer um acto patriótico. O pior (para eles) é quando os caixões começam a chegar a solo americano.POR agora é tudo. Com um abraço do Arlindo.

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