Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Talvez pela minha provecta idade, talvez por ter incorporado as fileiras de jovens que quiserem uma democracia, talvez por várias leituras politico/ideológicas, hoje em dia, só considero duas formas de governação política: a democracia ou a ditadura.
Os partidos políticos, as figuras políticas, os defensores disto ou daquilo, os defensores dos trabalhadores, do pobres, dos reformados e todas essas tretas que lideres e figuras de proa dessas associações políticas, não aportam nada mais do que lugares comuns para angariarem adeptos, seguidores ou peregrinos. Dito isto, e partindo que vivemos numa democracia, temos que exigir aos governantes que elegemos e nos governam, competência, dedicação e profissionalismo.Dissequemos:
1- Competência:
Os governantes devem possuir qualificações profissionais, qualidades de liderança, qualidades de consensos que permitam que toda a equipa trabalhe em prole do bem comum, isto é crie condições de permitir a existência de uma pátria ou dum país livre, e que dê aos cidadãos eleitores, confiança, segurança, defesa dos seus direitos e desenvolvimento do país.
2-Dedicação:
Os governantes devem dedicar todo o seu esforço, saber e disponibilidade, dentro dos horários aceitáveis, a uma boa governação.
3-Segurança
Os eleitores de qualquer país ou nação, só se sentirão protegidos nos seus labores, nas suas actividades, no seu dia a dia, se sentirem que os seus familiares e eles próprios, que os seus bens e haveres estejam seguros, nas suas ausências.
4-Defesa de direitos
Os eleitores, exigem dos governantes o cumprimento das leis baseadas na constituição do país que lhes dá a igualdade de cidadania seja qual for a religião, convicção política ou raça ou estatuto social.
5-Desenvolvimento do país
É atribuído aos governantes os meios que permitam desenvolver e engrandecer o seu país, a bem da comunidade.
Ora, seguindo estes preceitos, comentando uma das notícias que está a invadir os media e as conversa a nível nacional, muitos pretensos intelectuais, defensores da cidadania, defensores dos bens da nação, defensores da propriedade pública, proclamam aos quatro ventos que a privatização dos TAP, é um crime de lesa pátria, a venda de uma empresa de bandeira, e todo o chorrilho de palavreado inflamado que não redunda num jihadismo dos transportes, porque não chega à grande maioria dos portugueses. Pergunto a que bandeira se referem? à dos pilotos, dos bagageiros, dos sindicatos, dos utentes ou à portuguesa? Esses críticos pretendem que os impostos dos beirões ou dos alentejanos paguem os prejuízos da TAP, sempre a crescer, que a TAP vá emagrecendo por falta de novas aeronaves, por falta de manutenção? Ou acham esses críticos que os passageiros ficam muito alegres por terem tido as suas viagens prejudicadas pelas greves avulsas, pelos custos das passagens em relação às companhias low cost?
O povo quer transportes seguros, fiáveis e baratos! Pois se já não temos moeda, não temos fronteiras, na seleção nacional de futebol, nem todos já são nascidos cá, ficamos com a bandeira e hino para os festejos!
8 comentários:
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Quem estiver atento verifica que este país navega num mar Kafkeano. Estes tontos que não se importaram, assim tanto, com a entrega do fornecimento de energia eléctrica aos chineses, rasgam-se todos porque a TAP (empresa tecnicamente falida) foi vendida a um consórcio onde a empresa Barraqueiro é maioritária. Esta tontice da bandeira nacional nos transportes é uma garotice, pois, levada às últimas consequências, todos os países deviam ter as suas próprias companhias e não sabemos como negociariam as rotas.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarOs meus cumprimentos e parabens ao senhor Dias Silva assim como ao companheiro deste blog senhor Tapadinhas. Ontem, ouvi cerca de 4/5 dum fórum na rádio e fiquei convencido que o mesmo foi emitido da sede de algum partido que se opõe à privatização, na sede da Associação 25 de Abril ou durante as filmagens de algum filme de António-Pedro (com hífen que é mais chique) Vasconcelos tal foi a unanimidade de opiniões. Afinal, não estou só.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarMeu caro Dias da Silva,
ResponderEliminarRespeito e concordo com quase tudo o que escreveu. Mas deixe-me dizer-lhe que sou frontalmente contra a privatização da TAP, posição em favor da qual, se achasse útil, poderia alinhar aqui diversos argumentos, Dispenso-me, aqui, de discutir a bondade da decisão do Governo, que até poderá exibir razões ponderáveis. Não consigo é encontrar respostas para algumas perguntas que me coloco:
1. Por que razões ninguém conhece o caderno de encargos, que poderá conter a manutenção da qualidade, por parte do Estado, de avalista da dívida da TAP, de que o Governo se diz liberto?
2. Qual é a pressa do Governo em resolver este assunto, de tal modo que atropelou tribunais que aceitaram e apreciavam providências cautelares?
3. É verdade que a TAP, nos últimos 8 anos (excepto em 2008), deu lucros, e que há 18 anos não recebe qualquer dinheiro do Orçamento do Estado?
4. O que explica que só se fale de David Neeleman, sócio minoritário do consórcio Gateway, e não do maioritário, Humberto Pedrosa, é porque o primeiro é o rosto e o segundo a máscara?
Um grande abraço para si.
Meu caro Dias da Silva,
ResponderEliminarRespeito e concordo com quase tudo o que escreveu. Mas deixe-me dizer-lhe que sou frontalmente contra a privatização da TAP, posição em favor da qual, se achasse útil, poderia alinhar aqui diversos argumentos, Dispenso-me, aqui, de discutir a bondade da decisão do Governo, que até poderá exibir razões ponderáveis. Não consigo é encontrar respostas para algumas perguntas que me coloco:
1. Por que razões ninguém conhece o caderno de encargos, que poderá conter a manutenção da qualidade, por parte do Estado, de avalista da dívida da TAP, de que o Governo se diz liberto?
2. Qual é a pressa do Governo em resolver este assunto, de tal modo que atropelou tribunais que aceitaram e apreciavam providências cautelares?
3. É verdade que a TAP, nos últimos 8 anos (excepto em 2008), deu lucros, e que há 18 anos não recebe qualquer dinheiro do Orçamento do Estado?
4. O que explica que só se fale de David Neeleman, sócio minoritário do consórcio Gateway, e não do maioritário, Humberto Pedrosa, é porque o primeiro é o rosto e o segundo a máscara?
Um grande abraço para si.
A pressa é também dos bancos que não podem, eternamente, manter e aumentar os empréstimos feitos à TAP, pois o passivo aumenta diariamente e os lucros da exploração não chegam para pagar os juros das dívidas. É claro como a água. Se todos os países quisessem uma companhia aérea de bandeira as negociações entre eles tornavam-se muito complicadas. O nosso maior desfalque na soberania foi perdermos a EDP para os chineses e isso parece merecer menos interesses para os comentadores.
ResponderEliminarCaro amigo Joaquim Tapadinhas,
EliminarAgradeço-lhe a réplica ao ponto 2 dos quatro que compõem o meu comentário.
Não quero crer que, uma vez mais, tem o Governo de suprir as insuficiências (?) dos bancos. Quando estes entram na liça, lá temos nós as receitas sacrossantas e inevitáveis dos neo-liberalistas.
Quanto à EDP, não posso estar mais de acordo consigo e é assunto que me merece muito interesse. Tal como os CTT (de que já falei aqui na Voz da Girafa), da ANA, da REN e outras mais, vindas ou a vir.
Um grande abraço.