Quero a
comenda, pois claro! E porque não? É certo que não sou do círculo restrito da Dra.
Maria Cavaco Silva mas, quando vemos que o sr. Presidente da República agraciou
o costureiro que concebe as fatiotas da esposa com a comenda de Grande-Oficial
da Ordem do Infante D. Henrique, nada me impede de exercer a minha invejazinha
e reclamar, como qualquer português que exerce um ofício digno e com esforço, a
atribuição de um reconhecimento oficial. Para além disso, dei quase três anos
da minha vida ao Estado Português, dois dos quais em serviço militar na Guerra
Colonial.
Nada tenho
contra o sr. Carlos Gil, o estilismo, a moda e coisas que tais. Do mesmo modo
que nada tenho que me imiscuir nos critérios do sr. Presidente para designar os
“seus” laureados. Mas não posso deixar de constatar que as funções oficiais
desempenhadas pelo novel Comendador, certamente bem (?) remuneradas, lhe vão
rendendo frutuosas distinções honoríficas. Nomeado em 2006 para tão nobres
atribuições, logo em 2009, também no 10 de Junho, foi nomeado Jovem de Sucesso
em Portugal e no Estrangeiro e, seis anos passados, reincide com a presente
comenda. É caso para perguntar qual seria a próxima distinção caso não houvesse
limitação dos mandatos presidenciais.
Quando o
prof. Cavaco Silva venceu as presidenciais de 2006, comentei entre amigos que,
enquanto presidente, ele haveria de desbaratar o prestígio que, efectivamente,
detinha entre uma maioria dos portugueses. Acho que não me enganei muito e
constato que ele sente que poder exercer as mais altas funções do País, durante
dez anos, valem por tudo. Vanitas
vanitatum…
Quanto a
mim, se me quiserem outorgar uma qualquer distinção, estou disponível. E uma
coisa eu prometo: quando posar para a fotografia, ao lado da bandeira de
Portugal e com a comenda ao dependuro, cuidarei de não enfiar displicentemente
a mão no bolso…
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