O
ELEFANTE DA CRISE
É conhecida a
“parábola do elefante”, contada por um poeta persa, que descreve a cena em que
uns hindus exibem um elefante perante pessoas que nunca tinham visto tal
paquiderme, mas fizeram-no em local escuro.
Não podendo
ver o bicho, as pessoas eram convidadas a identificá-lo por contacto das mãos.
Assim, a que apalpou a tromba disse que tinha a forma de cano de água; a que
apalpou a orelha descreveu-o como parecendo um leque; a que apalpou o dorso
disse que parecia um grande tronco e a que apalpou a perna disse que parecia
uma coluna…
Se
imaginarmos o elefante no centro de uma praça, em pleno dia, representando a
crise do país, e convidarmos políticos de todos os quadrantes a tentar
identificar a “coisa”, o mais certo é que também não vão chegar a uma conclusão
plausível para a resolução dos problemas que temos pela frente; cada um irá
sugerir a sua panaceia.
É que há
coisas que não se vêem por serem demasiado pequenas e outras por serem
demasiado grandes… Já na primeira metade do século passado dizia Almada
Negreiros: já tudo foi dito quanto à forma de salvar Portugal, só falta salvar
Portugal!
…///…
VISITANDO UM
SÁBIO
Há muitos
anos, um turista americano que viajava pelo Egipto quis conhecer, no Cairo, um
famoso sábio. Ao ser recebido, o turista
ficou espantado por ver que aquele famoso homem morava num quartinho despido de
móveis e cheio de livros amontoados.
-Onde estão
os seus móveis – perguntou
-E onde estão
os seus – respondeu o sábio
- Mas eu
estou aqui só de passagem – respondeu o primeiro
- Também eu –
respondeu o segundo…
NOTA –
Apontamentos diversos, transcritos por
Amândio G. Martins
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