quarta-feira, 4 de novembro de 2015

SERÁ QUE OS PORTUGUESES SÃO ENTEADOS?

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O que acabo de ter conhecimento através da imprensa escrita de hoje dia 04 e Novembro e devidamente divulgada igualmente através dos diversos noticiários dos canais de televisão, acerca dos refugiados, que irão ter médico de família e escandalosamente não irão pagar taxas moderadoras, não deixa de ser uma afronta escandalosa e uma afronta muito grande para os milhares de portugueses que infelizmente não têm os mesmos privilégios principescos, que os cerca de 4500 refugiados que Portugal se prepara para receber, vão passar a ter. Em contra partida, há milhares de portugueses, que continuam sem médico de família e outros milhares não têm possibilidades de pagarem taxas moderadoras, e os que vêem de fora irão passar assim a receber os privilégios que os de cá, que descontaram e continua a proceder aos seus descontos legais, mas que infelizmente continuam escandalosamente a serem postos de lado e a não terem as mesmas regalias, quando (em minha opinião e assume a devida responsabilidade do que acabo de dizer-escrever), esses refugiados que vêem, nem mais nem menos invadir a Europa, incluindo Portugal (somos tão "bonzinhos" para os de fora, não somos? e desprezamos como sempre os naturais deste burgo, como fossemos assim não filhos, mas somente uns tristes enteados que são postos de lado, pois o tratamento sem qualquer dúvida é diferenciado), pois esses, refugiados, irão ter médico de família no prazo de uma semana e estarão isentos do pagamento de taxas moderadores, segundo o que o Director-Geral da Saúde, Francisco George, que é o responsável para a Saúde do Grupo de Trabalho para a Agenda Europeia para as Migrações, criado pelo governo a 31 de Agosto com “a missão de aferir a capacidade instalada e preparar um plano de acção e resposta em matéria de reinstalação, relocalização e integração dos imigrantes”, passei a citar.
O mesmo Director-Geral da Saúde (DGS), garante que o sector está preparado para acolher estes refugiados e que “mesmo que possam eventualmente adquirir doenças, essas serão imediatamente controladas, definidas e tratadas”. E, o que fazer aos portugueses que esperam meses e meses, por consultas, quer nos centros de saúde, quer nos hospitais, e por cirurgias, que tardam a serem realizadas, por deficiência do sistema de saúde deste “burgo”, e os de fora, já passam a ser tratados doutra maneira? Há qualquer coisa aqui que não está bem, porquê?
Afirmou ainda aquele Director-Geral de Saúde, (DGS), que a vacinação tem sido efectuada, a qual deverá depois ser prosseguida em Portugal, declarou.

Sobre o número de refugiados que Portugal deverá acolher - cerca de 4500 - Francisco George disse que "não representa um número importante de pressão para os serviços”, pudera, pois para os naturais deste pequeno território, hospitaleiro, simpático, e de sorrisos sempre rasgados, de orelha a orelha, para com os de fora, mas tratando infelizmente os nossos de forma diferenciada, o que não deixa de ser uma realidade nua e crua, em que esperamos desesperadamente, como afirmei mais atrás, meses e meses por consultas e por cirurgias, e quando estamos em momentos de mais aflição de saúde e se houver dinheiro, quando há nos nossos bolsos para podermos ser tratados, e que recorremos a clínicas particulares, e agora simpaticamente para os de fora, é tudo à fartazana. Que rico País é o nosso, mas que raio de país é este, que não trata dos nossos, como devem ser tratados e vai tratar os outros de forma diferenciada? Ou serei eu que sou egoísta, ganancioso, racista e outras coisas mais? Penso e julgo que não. Serei sim, “quiçá” mais realista. Ou não?.

(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45.722 do Diário de Notícias da Madeira de 08 de
 Novembro de 2015)
(Texto-opinião, publicado na edição do Diário de Notícias de 08 de Novembro de 2015)
(Texto-opinião, publicado na edição do DESTAK de 10 de Novembro de 2015)
(Texto-opinião, publicado na edição do Jornal de Notícias de 13 de Janeiro de 2016)

Mário da Silva Jesus

4 comentários:

  1. Meu caro Amigo Mário, nas situações de desespero não se fazem comparações. Um abraço lusitano.

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  2. Sobre o teor da opinião acima vertida, do nosso comum amigo de escrita, nada direi para não ser mal interpretado, pois, talvez, não seja o mais clarividente para tão bem opinar.
    Um abraço deste amigo, que tenta saber o que se passa e assim aferir se também está a pensar tão bem como aqueles que o rodeiam.

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  3. Caro sr. Mário Jesus,
    Compreendo perfeitamente a sua revolta. No que toca aos portugueses que refere, acompanho-o. Já não quanto aos refugiados. Retirar direitos aos portugueses é um pecado (coisa em que o actual ministro da Administração Interna parece ser versado). Recusar o apoio aos refugiados é MAIS um pecado, passando assim a ser dois, não se corrigindo o primeiro erro com o segundo. Mas permita-me que cite uma notícia do Público do passado sábado, 31 de Outubro:
    “Alexis Tsipras repudia “lágrimas de crocodilo” dos europeus.
    (…)
    (…) Atenas aceitou criar centros de acolhimento para mais 50 mil pessoas. Questionado por um deputado da oposição sobre quem iria pagar por este acolhimento, o líder do Syriza foi contundente: “A Grécia está em crise. Somos um povo pobre, mas não abdicamos dos nossos valores e da humanidade e não estamos a pedir um único euro para cumprir o nosso dever em relação às pessoas que estão a morrer no nosso quintal”. E, virando-se para o deputado, Tsipras acrescentou: “Não estou a falar para si. Estou a falar para os líderes europeus que gostam de apontar o dedo à Grécia.””

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  4. Fiquei extasiado ao ler o excelente artigo acima, sobre esta mesma matéria, do amigo Amândio G. Martins, e agora apanhei um murro no estômago ao ler este do Sr. Mário.Como é que as pessoas podem, para já, pagar taxas moderadoras? Têm dinheiro? Trabalho? Depois não devem ter direito a médico?" Privilégios principescos!"... Sinceramente!Mesmo perante tanto sofrimento, tanta morte. Aqui está mais um exemplo de que o ser humano é capaz do melhor e do pior. Parabéns, amigo Amândio, por ter retratado tão bem a miséria moral. Que é a pior das misérias.

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