Sobre o número de
refugiados que Portugal deverá acolher - cerca de 4500 - Francisco George
disse que "não representa um número importante de pressão para os
serviços”, pudera, pois para os naturais deste pequeno território,
hospitaleiro, simpático, e de sorrisos sempre rasgados, de orelha a orelha,
para com os de fora, mas tratando infelizmente os nossos de forma diferenciada,
o que não deixa de ser uma realidade nua e crua, em que esperamos
desesperadamente, como afirmei mais atrás, meses e meses por consultas e por
cirurgias, e quando estamos em momentos de mais aflição de saúde e se houver
dinheiro, quando há nos nossos bolsos para podermos ser tratados, e que recorremos
a clínicas particulares, e agora simpaticamente para os de fora, é tudo à
fartazana. Que rico País é o nosso, mas que raio de país é este, que não
trata dos nossos, como devem ser tratados e vai tratar os outros de forma
diferenciada? Ou serei eu que sou egoísta, ganancioso, racista e outras
coisas mais? Penso e julgo que não. Serei sim, “quiçá” mais realista. Ou não?.
(Texto-opinião, publicado na edição Nrº. 45.722 do Diário de Notícias da Madeira de 08 de Novembro de 2015) (Texto-opinião, publicado na edição do Diário de Notícias de 08 de Novembro de 2015)
(Texto-opinião, publicado na edição do DESTAK de 10 de Novembro de 2015)
(Texto-opinião, publicado na edição do Jornal de Notícias de 13 de Janeiro de 2016)
Mário da Silva Jesus
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Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
SERÁ QUE OS PORTUGUESES SÃO ENTEADOS?
4 comentários:
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Meu caro Amigo Mário, nas situações de desespero não se fazem comparações. Um abraço lusitano.
ResponderEliminarSobre o teor da opinião acima vertida, do nosso comum amigo de escrita, nada direi para não ser mal interpretado, pois, talvez, não seja o mais clarividente para tão bem opinar.
ResponderEliminarUm abraço deste amigo, que tenta saber o que se passa e assim aferir se também está a pensar tão bem como aqueles que o rodeiam.
Caro sr. Mário Jesus,
ResponderEliminarCompreendo perfeitamente a sua revolta. No que toca aos portugueses que refere, acompanho-o. Já não quanto aos refugiados. Retirar direitos aos portugueses é um pecado (coisa em que o actual ministro da Administração Interna parece ser versado). Recusar o apoio aos refugiados é MAIS um pecado, passando assim a ser dois, não se corrigindo o primeiro erro com o segundo. Mas permita-me que cite uma notícia do Público do passado sábado, 31 de Outubro:
“Alexis Tsipras repudia “lágrimas de crocodilo” dos europeus.
(…)
(…) Atenas aceitou criar centros de acolhimento para mais 50 mil pessoas. Questionado por um deputado da oposição sobre quem iria pagar por este acolhimento, o líder do Syriza foi contundente: “A Grécia está em crise. Somos um povo pobre, mas não abdicamos dos nossos valores e da humanidade e não estamos a pedir um único euro para cumprir o nosso dever em relação às pessoas que estão a morrer no nosso quintal”. E, virando-se para o deputado, Tsipras acrescentou: “Não estou a falar para si. Estou a falar para os líderes europeus que gostam de apontar o dedo à Grécia.””
Fiquei extasiado ao ler o excelente artigo acima, sobre esta mesma matéria, do amigo Amândio G. Martins, e agora apanhei um murro no estômago ao ler este do Sr. Mário.Como é que as pessoas podem, para já, pagar taxas moderadoras? Têm dinheiro? Trabalho? Depois não devem ter direito a médico?" Privilégios principescos!"... Sinceramente!Mesmo perante tanto sofrimento, tanta morte. Aqui está mais um exemplo de que o ser humano é capaz do melhor e do pior. Parabéns, amigo Amândio, por ter retratado tão bem a miséria moral. Que é a pior das misérias.
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