quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Como é que alimentamos estes imbecis?


Muito provavelmente já tiveram a oportunidade de ouvir a porcaria que saiu da boca do anormal da foto, até porque hoje em dia, tudo que seja porcaria torna-se altamente viral e tão cedo não desaparece de foco. Pedro Arroja, diz-se professor, mas eu prefiro chama-lo de anormal. Não sei o que lhe passou pela cabeça, até porque nem sei como é que um anormal com este pensamento consegue viver durante tantos anos desta forma descansada, sem que um único dedo lhe tivesse sido apontado.
Não se trata de humor. Não se tratar de querer ser engraçado. Aqui só há uma conclusão a tirar: estamos perante um profundo doente mental com uma clara falta de atenção pública e mediática. Nunca ouvi tal coisa em televisão, nem tão pouco em directo, vindo de um suposto convidado para comentar política. Independentemente da posição ideológica ou do partido, o que está aqui em causa é uma profunda posição machista. Segundo dele, as meninas do Bloco de Esquerda do Parlamento são umas “esganiçadas”. “Aquelas esganiçadas sempre contra alguém ou contra alguma coisa”, “não queria nenhuma daquelas mulheres, nem dada”, “Não conseguiria com elas, com uma delas, com uma mulher assim, construir uma comunidade, uma família. Elas estão sempre contra alguém ou contra alguma coisa. E lá em casa só havia dois tipos de pessoas, ou os filhos, ou o marido”.
Apesar de todas estas afirmações serem infelizes, e não existir aqui uma pinga de humor negro, acho completamente surreal ninguém do Porto Canal ter interrompido e sequer ter questionado a gravidade das afirmações de Pedro Arroja. Até ao momento nem sequer foi realizado um pedido de desculpas formal, o que me deixa ainda mais alarmado. Quero eu pensar que tudo não passou de um dia mau para Pedro Arroja, e que mais cedo ou mais tarde irá admitir que tenha exagerado nas suas palavras, porque isto de facto não é normal. Ou se é normal, convém investigar a casa deste professor, pois a sua família deve sofrer todos os dias.
Já o assunto pelas redes sociais tornou-se viral como é costume, mas como também é costume, aparecem muitos comentários estúpidos e muitos idiotas. Nota-se a léguas quando o comentário não é sarcástico e não tem a intenção de ser engraçado. Ainda assim, há muita que não deveria ter acesso ao teclado. Só devia utilizar o rato para navegar na Internet e o teclado digital deveria estar com acesso barrado para evitar tamanhas parvoíces.
Homens a mandar bocas a mulheres e até rebaixando-as, não é uma total novidade, até porque por ano mais de 40 mulheres são assassinadas em Portugal. Agora, mulheres a atacarem mulheres? Ainda por cima quando estão a ser julgadas com afirmações machistas? Vocês acham mesmo normal, ou também perderam o juízo?

5 comentários:

  1. Caro Maldisposto,
    Foi certamente por estar muito maldisposto com o imbecil do Arroja que se esqueceu da regra deste blogue de só se postar uma hora depois do último post. Verificará que só passaram 16 minutos. Cumprimentos.

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  2. O grande problema é que esta gente que não respeita os outros, sejam homens ou mulheres, fez escola porque durante muitos anos leccionaram em escolas superiores e as notas mais altas são para os que pensam ou se exprimem como o professor. Este momento histórico retirou muita gente do seu conforto e agora seja o que Deus quiser. Ninguém deve ser julgado pelo seu pensamento, mas sim pelos actos, sejam eles aquilo que forem. Portugal é de todos os que nele nasceram ou dos que para cá se repatriaram, por isso temos todos o direito à palavra, à liberdade e ao respeito mútuo.

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  3. São os imbecis a sair da toca, mas com o verniz completamente estalado.

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  4. Desde sempre me apercebi que são as mulheres quem mais ataca as mulheres. Chama-se inveja "genética". Elas próprias reconhecem que os homens são muito mais unidos, que se "encobrem" muito bem uns aos outros. E também criaram uma "máxima" que diz: "mulher não tem amiga, tem rival"!

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  5. Esqueci-me de concluír que, obviamente, existem imensas mulheres, verdadeiras senhoras, que nada têm a ver com o "galinheiro" geral. Quanto ao Arroja, sempre o conheci assim, pelo menos desde o tempo em que tinha no JN uma coluna semanal,onde espraiava toda a sua "sapiência" económica. Esse senhor tem um filho na mesma onda ideológica, que também já bota faladura nas televisões, embora de forma mais polida...

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