Ignoro qual a marca do casaco que enverga o ex-1ºministro da
Direita desoladora, e cosido de raiva. Para além desta insignificante
incerteza, creio que posso afirmar que ele é feito do melhor tecido e de bom
corte saído das mãos e da tesoura de um bom artífice. Mas a minha grande dúvida
é saber qual o fim de tal indumentária e o destino do Emblema que a lapela
exibiu durante o tempo de representação por dentro e por fora do país, e os
danos causados na entretela que enforma a banda do dito casaco. Pregada ou de
outro modo enfiada, aquela bandeirinha armilar, verde e rubra como o rosto de
alguns seus correligionários, com ordem de despejo no 4 de outubro, que não se
fartou de nos alfinetar no dia-a-dia, em sessões de dor numa imitação maléfica
de acupunctura de vão de escada, sem sortir efeito que não fosse pôr-nos mais
enfraquecidos, aonde irá repousar?. A nossa imaginação sobressalta-nos e
diz-nos que aquela bandeirinha talvez venha a ser oferecida como se medalha
valiosa fosse, como o fez um atleta da NBA, de grande competição e igual
envergadura, a uma criança pobre que lhe saia ao caminho e que nos traga à
memória o rapaz da mocidade portuguesa. Coisas com pesos e ternuras diferentes
mas ambas de relevo, com significados distantes, e que tornam orgulhosos quem
dá e quem recebe tal “troféu”. Mas uma vez esburacada a lapela esquerda do casaco
do ex-1ºministro de direita, despedido a toque do parlamento agora mais nobre,
que irá ele colocar em sua substituição para disfarçar o defeito ali cravado,
embora saibamos que ele é um artista na arte de bem disfarçar e cavalgar sobre
a miséria dos portugueses pisados e ostracizados nestes últimos 4 anos do seu
mandato arrogante? Um remendo como ele bem sabe costurar? Um outro emblema de
um clube afecto à “Tecnoforma”, ou umas setas laranja apontadas ao céu aonde
não pode prometer que não mexe nos impostos e subsídios de Natal? Uma adenda,
ou até mesmo uma das suas grossas mentiras a que nos habituou aqui na terra ou
nesta pátria, que se diz também cemitério ou porto e cais de partida? Irá pôr
tudo no prego sujeito ao mercado negro e da compra do ouro comprometido e
penhorado das famílias enrascadas, em que ele transformou Portugal? Depois do
que ouvi e li no Parlamento, não sei se devo começar a “rir ou a chorar a
bandeiras despregadas”
Tudo muito bem dito. Todavia, surpreende-me que tenha havido tanto incauto a querer ainda mantê-lo no poleiro. Mas, enfim, já lá não estará.
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