Tenho andado
a cogitar sobre a liberdade de expressão. E fico muito perplexo pelo facto de,
após já longos 41 anos em que o lápis azul da censura cessou funções
mutiladoras das mais variadas opiniões, as normas legais e democraticamente
estabelecidas ainda não sejam cumpridas em toda a sua plenitude, ou, então,
deliberadamente enfermam de graves lacunas aplicativas.
Assim, sem
se beliscar a idoneidade do que se escreve ou fala, com decoro e urbanidade,
tudo deverá ser dado a conhecer dentro de tais parâmetros legais estabelecidos,
doa a quem doer.
Ou passadas
quatro décadas, os doutos crânios das leis de Imprensa e afins, em vez de as precisarem
em tais termos legais, mais facilmente se dão ao desfrute de aguçar o lápis
azul, desenterrando-o?
nota: texto publicado no METRO, na sua edição de 4/11
nota: texto publicado no METRO, na sua edição de 4/11
José Amaral
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