Não sei se viram um documentário sobre a,
hoje evidente, associação entre a prescrição “leviana” de anti inflamatórios,
nomeadamente os opiáceos, e o despoletar de mecanismos de dependência graves que podem culminar na
morte.
O documentário tem o sugestivo e
chamativo nome – Aviso - este medicamento pode matar e retrata a realidade
americana, mas nunca é demais alertar para os perigos, até porque, a fazer fé
nos dados revelados nesse documentário, perto 80% dos jovens e adultos
dependentes de drogas, tiveram um historial associado com comprimidos para as
dores, os denominados analgésicos ou “painkillers” e foram prescritos pelos
seus médicos assistentes.
Os opiáceos são substâncias derivadas do
ópio e, portanto, estão incluídos na classe dos opioides - grupo de fármacos
que actuam nos receptores opioides neuronais. Eles produzem ações de
insensibilidade à dor (analgesia) e são usados principalmente na terapia da dor
crónica e da dor aguda de alta intensidade. Produzem em doses elevadas euforia,
estados hipnóticos e dependência porque contém, precisamente opiáceos, nomeadamente,
nalguns casos, morfina e heroína
O que os médicos que prescreveram essa
medicação não fizeram, foi alertar os doentes para o facto destes medicamentos
terem um elevadíssimo risco de criar dependência se usados regularmente durante
um longo período e daí tantas pessoas “agarradas” ( termo comum para
dependência ). Quando os medicamentos deixam de fazer efeito…surgem as “alternativas
ilegais”, mas o problema foi despoletado pela medicina convencional e isto tem
que ser denunciado.
Porque é que falo disto?
Falo disto porque aconteceu comigo; a
diferença é que eu não tomei a medicação.
Conto a história em traços largos: em
tempos fui acometida por dores intensas e generalizadas nas articulações e
recorri a um Reumatologista que da forma mais leviana, para ser simpática e
educada, através de uma simples palpação das mesmas, me diagnosticou uma
fibromialgia.
Felizmente para mim, sou curiosa, gosto
de saber o porquê das coisas e não em contento com apenas uma opinião e perante
um diagnóstico desta dimensão, feito em dois minutos, não comprei a medicação
prescrita, mas verifiquei com espanto que continha Hidroxicona e Oxicodona.
Os passos que dei a seguir não interessam
nada, mas afinal a minha “fibromialgia” era apenas e só um deficit extremo de
vitamina D, que após correcção, que ainda hoje mantenho tomando um comprimido
mensal, me devolveu muita da qualidade de vida perdida.
Não sei se no nosso país existem muitas
pessoas com diagnóstico e terapêutica para fibromialgias que não existem, mas o
que aconteceu comigo , pode bem ter acontecido com mais pessoas, daí a minha
necessidade ética de denunciar.
Sim, eu duvidei do diagnostico que me
foi feito e depois de ter visto este documentário, dou graças aos Deuses todos
do Universo e de todas as religiões por ter tido esse discernimento.
Fica o alerta, para quem o quiser ler.
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