Francisco,”Imperador
da Paz”
Assim lhe
chamou o presidente Obama. Fica por aqui a minha incursão pelo livro do Padre Anselmo Borges, “Francisco -
Desafios à Igreja e ao Mundo”. Este papa já convocou dois Sínodos sobre a
família na tentativa de descobrir como dar solução aos difíceis problemas que a
Igreja enfrenta com as novas formas de
organização familiar.
Porque uma
coisa são os ideais e a doutrina e outra a realidade concreta, este Papa tem
uma visão mais humana sobre os casais que se divorciam e recasam, realçando que
pode haver mais amor cristão numa união canonicamente irregular do que num
casal casado pela Igreja.
Diz Anselmo
Borges que causou viva emoção, no último Sínodo sobre a família, o relato que
fez um padre mexicano de um episódio ocorrido na sua paróquia: realizava-se a
cerimónia de primeira comunhão de muitos miúdos, com os pais assistindo,
orgulhosos, quando um dos pequenos, filho de pais divorciados, chegada a sua
vez de comungar, pegou na hóstia, partiu-a em três e foi levar um pedacinho à
mãe e outro ao pai, impedidos de comungar por se terem divorciado.
Porque em
quase toda a parte ao longo da História as mulheres foram inferiorizadas em
relação aos homens, Francisco diz não ao machismo. Para aceder à sua identidade
humana, as mulheres fazem-no pelo uso do genérico “Homem”; a mulher é ser
humano pela mediação masculina, disparate a que Jesus Cristo, que sempre mostrou
respeito pelas mulheres – vide o episódio da adúltera que ia ser apredejada - é totalmente alheio. Uma menina é baptizada em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e depois vem o padre, o bispo, o
cardeal, o Papa.
Quanto à
natalidade, é conhecida a expressão de Francisco de que a Igreja não pode
exigir dos fiéis que se reproduzam como coelhos, chegando ao ponto de dizer que
o número de três filhos por família já é razoável para equilíbrio da população.
E diz ter repreendido uma mulher que se encontrava na oitava gravidez, tendo já
feito sete cesarianas, perguntando-lhe se queria deixar órfãos os filhos…
Amândio G.
Martins
Nota - No quarto parágrafo, quarta linha, focou mal escrita a palavra "apedrejada".
ResponderEliminarNota - No quarto parágrafo, quarta linha, focou mal escrita a palavra "apedrejada".
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