No meio
desta especulação imobiliária que tarda a entrar nos eixos a comunicação social
está a detalhar os problemas com que os estudantes – principalmente do
ensino superior - se estão a confrontar para encontrar alojamento a preços
acessíveis.
Ao ler o
último Jornal Costa do Sol tomei conhecimento das declarações do Presidente da
Câmara Municipal de Oeiras num encontro nos Jardins do Palácio Marquês de
Pombal que afirmou: a educação “é nossa grande prioridade para os
próximos anos” e acrescentou que o Município de Oeiras “irá
garantir, de forma única como nunca aconteceu neste concelho e provavelmente
neste País”… neste País (!) e detalha o programa informando que a
Câmara vai investir mais de 13 milhões de euros na requalificação das escolas
do concelho. Esta entrevista deve ser entendida como uma verdadeira preocupação
do Executivo na melhoria da Educação dos nossos jovens.
E lembrei-me
que sem alojamento a preços acessível está dificultado o acesso à continuação
da educação e talvez Oeiras pudesse contribuir para ajudar no problema do
alojamento de estudantes que procuram Lisboa para estudar pois as perspectivas
do programa apresentado pelo Autarca saltam mesmo as fronteiras deste
Município.
Agora um
parêntesis – lembram-se há mais de cinquenta anos do grande pólo
estudantil que havia no Jardim de Algés, no Ribamar? Quantos jovens passaram
por esta “sala de estudo”? Foram mais tarde professores,
engenheiros, médicos que neste espaço passaram muitas horas da sua mocidade a
estudar e hoje são avós espalhados pelo nosso País.
Esta vila de
Algés – tão perto de pólos Universitários da Capital – para
começarmos a ajudar a resolver este tão grande problema porque não
disponibilizar a Escola Sofia de Carvalho que já teve um projecto para acolher
jovens com problemas com a “ajuda” até de Luis Figo e que acabou
por ter de ser abandonado, porque não uma intervenção rápida que possibilite
transformá-la em alojamento estudantil a preços compatíveis com as bolsas dos
estudantes?
Aqui nesta
Vila com alguma facilidade de transportes para Lisboa há entidades oficiais que
dispõem de alguns espaços que continuam sem ser utilizados. Porque é que a
Câmara Municipal, com engenho e arte, não os transforma em alojamentos
estudantil e salta para a comunicação social como um Município exemplar
incentivando outras entidades a seguir o exemplo?
Certamente
que os Serviços deste Município dispõem de levantamento dos edifícios que não
estão a ser utilizados – como o r/c da Av. dos Combatentes ou a vivenda
14 da Santa Casa – e que continuam a degradar-se sem uma utilização e
esta indiferença quase se está a transformar em crime face a esta falta de
apoio a jovens estudantes. Utilizando uma linguagem moderna: BORA lá Oeiras
vamos ajudar a alojar os jovens do nosso País!
Maria Clotilde Moreira
Jornal Costa do Sol - 19.09.2018
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