Quando li, e fi-lo várias vezes, os textos de Manuel Ramos Soares
a que o Público deu guarida – e bem, na altura – nas suas páginas, longe me ia
do pensamento que o seu autor pudesse praticar certos actos que me deixam
revoltado. Pensava mesmo que a sua índole e formação seriam sempre contrárias
ao que agora sou levado a concluir. Há bem pouco tempo, titulou assim um dos
seus textos: “O que é imoral não pode estar certo”. Arrepia pensar que a
administração da justiça possa estar nas mãos de quem pensa e sente como este
co-autor de mais um repugnante acórdão da Relação do Porto. Conforta-o,
certamente, o apoio da Associação Sindical dos Juízes, da qual, curiosamente,
Manuel Soares é presidente.
O Público já lhe deu setas vermelhas, e, mais uma vez, fez
muito bem. Mas andou tempo demais a convencer-nos de que o homem era digno de
passar a sua mensagem. E, afinal, parece que não é.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.