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quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Táxis, Uber e "gato escondido"
Hoje ao almoço, no telejornal, uma repórter de rua perguntava a Florêncio Almeida, presidente da ANTRAL, que côr de cartão mostraria ao primeiro ministro: verde, amarelo ou vermelho (sic). O senhor, da primeira vez. disse ( e bem) que não iria escolher dado o alto cargo de Estado desempenhado por António Costa. Mas, à insistência da repórter, ripostou: bom ele nem sequer devia ter direito a nenhum cartão pois nem sequer tem direito a governar dado os resultados das últimas eleições!
Eu estava já a chamar "chata" à jornalista, quando repetiu a pergunta, mas.... "pela boca morre o peixe", no caso o Florêncio, que "abocanhou o anzol e.... espalhou-se ao comprido! E vou ver se os táxis terão mesmo toda a razão....
Fernando Cardoso Rodrigues
5 comentários:
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Do Florêncio, nem falo. Que se há-de dizer de alguém que ainda pensa que o actual Governo é ilegal? Estou em crer que ele, se não fosse dirigente dos taxistas, era apoiante da Uber.
ResponderEliminarQuanto à contenda Táxis/Uber (e outras), o importante, para mim, é a constatação de alguns factos objectivos que aponto a seguir, sabendo que não estou a ser exaustivo:
- Do rendimento gerado pelas Uber’s (designo assim o conjunto das plataformas), cerca de ¾ saem do país, ignorando eu se pagam impostos justos nos sítios para onde vão;
- As Uber’s não investem nada nos países em que intervêm;
- As Uber´s utilizam sistematicamente as infra-estruturas nacionais pagas por todos nós (estradas, pontes, iluminação, segurança, etc.) sem pagarem qualquer contribuição que a todos os utentes deve ser exigida;
- As Uber’s estão dispensadas de uma série enorme de obrigações de ordem legal a que os taxistas normais se sujeitam com grandes custos financeiros;
- As Uber’s não estão abrangidas pelas regras laborais nem assumem responsabilidades perante quaisquer assalariados;
- As Uber’s são mais uma ponta-de-lança da “liberdade” negocial no ataque ao nível de salários nas sociedades em que as deixam operar, e que, fatalmente, deixará marcas a nível geral do país;
- Até ver, as Uber's parecem baratas, mas, se tiverem de cumprir o que é exigido a qualquer empregador do sector, o negócio deixará de lhes interessar. Quando os taxistas desaparecerem, veremos os preços...
As Uber’s querem liberdade total de movimentos e devem andar a dizer que o Estado não é preciso para nada, só atrapalha. Pois!
Devo dizer que nada de pessoal me leva a defender os taxistas, de alguns dos quais até tenho algumas razões de queixa. Mas a questão não é, obviamente, essa.
Também devo dizer que, com o encaminhamento actual do Mundo, não tenho ilusões quanto a este assunto. Infelizmente para todos nós, as Uber’s (e similares em muitos outros negócios) hão-de singrar. Pelo menos até ao dia em que os próprios “motoristas” se juntem aos taxistas para um protesto conjunto contra os automóveis autónomos (vi este comentário algures num jornal diário e achei-lhe grande acuidade).
Afinal o meu mais que "feeling" estava certo. Mas aquele "caudilho" Florêncio ( há nomes que não se têm...) estraga tudo!
EliminarQue há taxistas desonestos e outros que nem para carroceiros teriam categoria é geralmente apontado pelo público que deles se servem e os taxistas que são sérios também o lamentam; mas as discrepâncias nas regras para uns e outros são mesmo escandalosas...
ResponderEliminarEu vou dizer-lhe, Amândio: nunca tive qualquer problema com um taxista. Alguns são "chatinhos" mas isso não é defeito... é feitio.
EliminarDurante a anterior greve dos taxistas, surgiu a informação de que o Florêncio também era proprietário de taxis Uber. Como nunca ouvi qualquer desmentido, sinto-me obrigado a pensar que os taxistas têem aquilo que merecem.
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