Ao “Deus-dará”...
Dos carregamentos de refugiados que constantemente chegam ao
Sul da Europa, com o declarado objectivo de, a paritr daqui, poderem aceder aos
países do Centro e Norte, além da Inglaterra, constam grande número de menores
separados dos pais, uns porque são órfãos e outros recambiados pelos familiares
à aventura.
E são aos milhares, que depois vagueiam pelas ruas sem rumo,
porque os serviços de acolhimento dos países procurados já não têm capacidade, recolhendo-se
à noite, muitas vezes, em instalações precárias das forças policiais, onde
pernoitam empilhados pelo chão; estes menores precisam de acompanhamento e
escolaridade para poderem ser integrados nas sociedades aonde chegam, mas a Direita trepa pelas paredes sempre que
ouve falar em dar-lhes boas condições, pois temem aquilo a que chamam “efeito
chamada”, significando que se constar que não lhes falta nada vão chegar cada
vez mais.
Dos voluntários que percorrem o mediterrâneo a vigiar,
recolher e transportar em segurança não se pode esperar outra coisa que não
seja isso e descarregá-los em porto seguro, mas não há depois uma saída digna e
muitos desses menores sem família, que só em espanha, nos últimos dois anos,
rondaram os 5 mil, desaparecem sem deixar qualquer pista, temendo-se que tenham
sido levados por um sinistro caminho...
Amândio G. Martins
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