1 – Quando a casa é rica
Quando ‘a casa é rica e os frades são
poucos’, que interessa gastar dinheiro desses pobres ‘frades franciscanos’, os
quais somos todos nós, os contribuintes?
Primeiro, pensou-se na Ota, seguiu-se-lhe
Alcochete, agora, é Montijo. E por que não usar-se a 100% o novíssimo aeroporto
de Beja, quase às moscas, tendo-se em conta o complexo industrial do porto de
Sines tão perto, bem como descentralizar-se o conglomerado da capital?
É que Portugal também existe a Norte e a
Sul da bacia do Rio Tejo!
2 – Canábis – planta milagrosa?
Após vários e elucidativos depoimentos
havidos no programa televisivo ‘linha da frente’ de 27/9, ficamos extasiados e
deveras esclarecidos com os poderes farmacológicos da canábis.
Portanto, qual será o porquê de não se
partir oficialmente para o fabrico de um medicamento à base de tão milagrosa
planta?
3 – A maldade não tem limites
Tendo-se em conta de que a maldade não
tem limites, o pecado original em relação a esta malvadez assemelha-se a uma
candura imposta.
Queremos, com tal introito, referirmo-nos
ao modo brutal como foi perpetrado e consumado o crime que levou à morte do
concidadão Luís Grilo, de 50 anos de idade, alegadamente levado a cabo por sua
esposa, de 43 anos, e do amigo íntimo desta, de 42 anos.
Não nos cansamos de louvar o estoicismo,
o elevado profissionalismo e argúcia de todos os profissionais da PJ, os quais,
segundo sabemos, são dos mais hábeis a nível mundial na descoberta da verdade.
Pelo menos haja uma instituição de
investigação criminal que honre o seu nome, em particular, e o país, no seu
todo.
4 – O preço elevado da electricidade
Soubemos e sabemos que o preço da
electricidade está a asfixiar grande parte das empresas, estando em causa a
sobrevivência de muitas fábricas, mormente das de cerâmica.
Que se retirem aos mexias e seus
equivalentes sorvedouros os muitos milhões que auferem e que os mesmos milhões sejam
aplicados ao serviço de quem produz as mais-valias.
5 – Indicador estatístico
Foi preciso um adolescente de 12 anos criar
um indicador estatístico da área ardida por cada município para se fazer uma
real apreciação de como os continuados incêndios e seus lóbis têm desgraçado o
país.
Parabéns, pois, ao jovem Tomás Pereira,
do Seixal, o qual, sem qualquer tença, pública ou privada, fez mais do que
aqueles que vivem do mal alheia, ganhando rios de dinheiro por conta dos
infernos que atiçam.
6 – A sociedade de consumo
A sociedade de consumo atingiu patamares
comportamentais inimagináveis, pois é cada vez mais difícil dar sumiço ao desperdício
que produz.
Mas, para manter tanta loucura
colectivizadora, essa mesma desvairada sociedade de esbanjamento chama de ‘estropícios’
a todos aqueles ‘idosos’ que clamam contra tanta loucura colectiva.
A geração mais nova olha para a mais
velha como se esta estivesse fora do contexto e marimba-se para as cautelas que
a segunda apregoa.
Assim, o ciclo humano caminha
inexoravelmente para o fim dos tempos tal qual os conhecemos, em que outros
tempos nascerão, quiçá com sementes impensáveis e cada vez mais descartáveis.
7 – A ‘múmia de boliqueime’
A ‘múmia de boliqueime’ conseguiu sair
do túmulo e manifestar-se acerca da não recondução de Joana Marque Vidal como
procuradora-geral da República, do seguinte modo: - ‘é talvez a mais estranha
decisão política tomada no mandato do governo que geralmente é reconhecido por
geringonça’, só que se esqueceu que tal decisão foi da responsabilidade do
senhor PR e não do governo.
Resumindo: se tal ‘múmia’ ainda fala, ao
menos que a geringonça não dê ouvidos a tais rancorosos ecos de defunto.
José Amaral
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