sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Breves contradições a constatações noticiosas

1 – Quando a casa é rica
Quando ‘a casa é rica e os frades são poucos’, que interessa gastar dinheiro desses pobres ‘frades franciscanos’, os quais somos todos nós, os contribuintes?
Primeiro, pensou-se na Ota, seguiu-se-lhe Alcochete, agora, é Montijo. E por que não usar-se a 100% o novíssimo aeroporto de Beja, quase às moscas, tendo-se em conta o complexo industrial do porto de Sines tão perto, bem como descentralizar-se o conglomerado da capital?
É que Portugal também existe a Norte e a Sul da bacia do Rio Tejo!

2 – Canábis – planta milagrosa?
Após vários e elucidativos depoimentos havidos no programa televisivo ‘linha da frente’ de 27/9, ficamos extasiados e deveras esclarecidos com os poderes farmacológicos da canábis.
Portanto, qual será o porquê de não se partir oficialmente para o fabrico de um medicamento à base de tão milagrosa planta?

3 – A maldade não tem limites
Tendo-se em conta de que a maldade não tem limites, o pecado original em relação a esta malvadez assemelha-se a uma candura imposta.
Queremos, com tal introito, referirmo-nos ao modo brutal como foi perpetrado e consumado o crime que levou à morte do concidadão Luís Grilo, de 50 anos de idade, alegadamente levado a cabo por sua esposa, de 43 anos, e do amigo íntimo desta, de 42 anos.
Não nos cansamos de louvar o estoicismo, o elevado profissionalismo e argúcia de todos os profissionais da PJ, os quais, segundo sabemos, são dos mais hábeis a nível mundial na descoberta da verdade.
Pelo menos haja uma instituição de investigação criminal que honre o seu nome, em particular, e o país, no seu todo.

4 – O preço elevado da electricidade
Soubemos e sabemos que o preço da electricidade está a asfixiar grande parte das empresas, estando em causa a sobrevivência de muitas fábricas, mormente das de cerâmica.
Que se retirem aos mexias e seus equivalentes sorvedouros os muitos milhões que auferem e que os mesmos milhões sejam aplicados ao serviço de quem produz as mais-valias.

5 – Indicador estatístico
Foi preciso um adolescente de 12 anos criar um indicador estatístico da área ardida por cada município para se fazer uma real apreciação de como os continuados incêndios e seus lóbis têm desgraçado o país.
Parabéns, pois, ao jovem Tomás Pereira, do Seixal, o qual, sem qualquer tença, pública ou privada, fez mais do que aqueles que vivem do mal alheia, ganhando rios de dinheiro por conta dos infernos que atiçam.

6 – A sociedade de consumo
A sociedade de consumo atingiu patamares comportamentais inimagináveis, pois é cada vez mais difícil dar sumiço ao desperdício que produz.
Mas, para manter tanta loucura colectivizadora, essa mesma desvairada sociedade de esbanjamento chama de ‘estropícios’ a todos aqueles ‘idosos’ que clamam contra tanta loucura colectiva.
A geração mais nova olha para a mais velha como se esta estivesse fora do contexto e marimba-se para as cautelas que a segunda apregoa.
Assim, o ciclo humano caminha inexoravelmente para o fim dos tempos tal qual os conhecemos, em que outros tempos nascerão, quiçá com sementes impensáveis e cada vez mais descartáveis.

7 – A ‘múmia de boliqueime’
A ‘múmia de boliqueime’ conseguiu sair do túmulo e manifestar-se acerca da não recondução de Joana Marque Vidal como procuradora-geral da República, do seguinte modo: - ‘é talvez a mais estranha decisão política tomada no mandato do governo que geralmente é reconhecido por geringonça’, só que se esqueceu que tal decisão foi da responsabilidade do senhor PR e não do governo.
Resumindo: se tal ‘múmia’ ainda fala, ao menos que a geringonça não dê ouvidos a tais rancorosos ecos de defunto.

José Amaral



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