sábado, 15 de setembro de 2018

PCP no melhor e no pior

Fomos à Festa do Avante! É o maior evento cultural do PCP que se realiza em Portugal. Diversificado, alcança a música, o teatro, o cinema, as artes, a ciência, o desporto, a gastronomia, o artesanato, além duma componente política que vai desde exposições sobre o movimento operário, até às conferências, abordando temas políticos, abertas à discussão geral. Não faltando apresentações de livros, inscritos numa ampla Feira do Livro com obras literárias a preços simpáticos. Esta grandiosidade deve-se ao trabalho generoso e engajado dos seus aderentes e amigos. A concretização deste ideal é notável e comovente. Respira-se companheirismo. Muita juventude irradiando alegria e militância activa. O alargamento do espaço foi uma ideia feliz, já que aumentou o recinto e quase faz fronteira com o rio Tejo. Apetece retornar.
   Ao invés, os deputados europeus do PCP vetaram no Parlamento Europeu as sanções contra o regime fascista da Hungria(!). Dizem em comunicado: « Denuncia e condena firmemente os ataques (…) aos cidadãos húngaros». Em que ficamos? Está instalada uma gritante contradição. É lamentável e perigoso, um partido que se diz paladino na defesa das liberdades não condenar quem as vai suprimindo. Até a liberdade de imprensa, (tão cara ao PCP) naquele país, foi seriamente apunhalada e amputada! Na prática este regime autocrático foi branqueado. Mau de mais…

                                                                              Vítor Colaço Santos

3 comentários:

  1. Fiz dois comentários ao texto de Fernando Cardoso Rodrigues, do dia 13, «Onde que já vi isto?», que não vou repetir. Mais do que penalizar o governo da Hungria, a votação no Parlamento Europeu pretendeu sobretudo branquear as políticas da União Europeia, que têm sido as grandes responsáveis por crescentes populismos e xenofobias.

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  2. Realmente o Ernesto Silva tem razão. Já estivemos a falar "abaixo" há uns dias. Agora será a vez de passar para o texto do Vítor Colaço e à sua caixas de comentários. E confesso a minha curiosidade de o diálogo se diversificar a partir de outrem cuja área de pensamento político não será o meu nem o dos dois comunistas que comigo dialogaram...

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