quarta-feira, 19 de setembro de 2018


E são isto juízes...


Uma coisa que nunca vou poder entender é como pode haver na magistratura gente assim de tão má qualidade como aquela que os diversos casos de grande indignidade tornados públicos vêm revelando.

Ficou célebre a frase daquele desembargador mediático, entretanto chamado a prestar contas dos seus actos pouco ortodoxos, quando disse num programa televisivo que os juízes são as pessoas menos confiáveis que há; de facto, a começar por si próprio, o homem demonstrou saber bem do que falava e louve-se-lhe a franqueza.

Este que agora é mais uma vez notícia pelos piores motivos-  e me parece completamente indigno de ser juíz - foi condenado por violência sobre a companheira, com a pena suspensa e uma indemnização à senhora; mas não se entende a “pena suspensa”, dado já ser reincidente, pois já tinha sido condenado por “falso testemunho” para prejudicar numa herança uma anterior mulher.

No caso agora julgado ficou provado que enviou à senhora indecorosas mensagens de telemóvel a chamar-lhe “porca, miserável e mentirosa”, que o dever dela era estar na cama para o atender e que se ia arrepender da queixa contra ele porque os juízes “mandam nesta merda toda”...


Amândio G. Martins

6 comentários:

  1. Eu gostaria de acreditar que este, mais o neto Do moura, e outros casos conhecidos, fossem apenas excepções. Mas não. A soberba, a petulância com que atuam, fazem-me pensar que talvez sejam a maioria. Quem lhes deu tanto poder?

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  2. Totalmente de acordo com o Amândio Martins. Nem tanto, ou mesmo nada, com a generalização do José Valdigem.

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  3. Quem me dera poder estar totalmente de acordo com o Fernando mas, eu, que abomino generalizações, sinto-me tentado a concordar com esta do José Valdigem que, aliás, não é absoluta. Falo apenas com a minha experiência pessoal, que, certamente, não fará lei, mas já cheguei a desconfiar de que, logo à recepção dos alunos no Centro de Estudos Judiciários, lhes é ministrada uma misteriosa vacina.

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    1. Para que não haja dúvidas sobre o que epenso, aqui vai. Partilho a sua ideia, e do José Valdigem, de que os juízes, "corporativamente", serão petulantes e vaidosos. O que não partilho é a extrapolação de que serão incompetentes e maldosamente "chalados" comoo estes dois de que falou o José Valdigem. Mesmo porque das soberba e petulância não decorre necessariamente as outras duas "qualidades" que eu não infiro.

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    2. Meu caro Fernando, a extrapolação que acha que têem as minhas palavras, é o seu entendimento sobre as mesmas.
      O que penso sobre os visados, é, sem medo de represálias, que por debaixo daquela toga se esconde um avental.

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    3. Talvez eu tenha sido precipitado e o que "li" não cporresponda ao que escreveu. Desculpe. Mas, relendo o que o José escreveu, o caso fica ainda "pior" pois diz que a maioria (sic) será "chalada" ( minha definição) como o Neto Moura e o violento. Além de maçónica...

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