terça-feira, 11 de setembro de 2018


Boas maneiras contra a burocracia


Toda a gente conhece a praga da burocracia sem sentido, essa coisa que causa danos irreparáveis à colectividade, o mais grave de todos a corrupção, alimentada a contragosto por gente desesperada, que se vê obrigada a pagar o que não é devido, só para se ver livre dos empecilhos que atrapalham a sua vida.

E não se percebe que seja na União Europeia, que podia ser um exemplo de boas práticas contra a dita cuja, onde ela é mais emaranhada, alimentando um batalhão de funcionários altamente remunerados, o que só é bom para eles e que lhes faça bom proveito.

Por me ter parecido de muita qualidade, recortei e guardei há tempos o texto que anexo, que as tabaqueiras mandaram publicar como resposta à decisão da UE de impor restrições aos fumadores, encontrando-a agora, por acaso, quando punha alguma ordem na tralha acumulada; de facto, em vez dum relambório azedo, de página inteira, chamando nomes feios aos autores do regulamento, esta pareceu-me uma forma muito mais eficaz...


Amândio G. Martins


6 comentários:

  1. Olhando para o termo -burocracia- não há como defendê-lo. Mas olhando para as tabaqueiras... também não. Se elas mandaram publicar para se defenderem... "gato escondido..." nas intenções. É que se fumar é um direito, é também e sobretudo um problema de saúde pública que, com mais ou menos burocracia, tem que ser regulado e bem regulado.

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  2. Ah! mas eu concordei que se impusesse disciplina aos fumadores; quantas vezes, no restaurante, não saí mal-disposto do almoço, só por que um viciado mal-educado achou que podia encher o meu prato de fumo. A questão colocada prende-se com a quantidade de papel e tinta que precisaram para dizer meia-dúzia de coisas simples...

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    1. Eu não duvido disso, Amândio. Agora, acha que as tabaqueiras colocaram aquela resposta com que intenção?...

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  3. Oh meus amigos, como eu gostaria de vos contrariar na vossa luta anti-tabágica. Mas, obviamente, não sou capaz, as evidências andam por aí. Fumador me confesso - fustigado a torto e a direito, dia sim, dia sim -, e já que estou em maré de pedir ajuda, faço-o novamente, mas com uma condição, a de que acedam ao meu pedido sem me exigirem a minha própria transformação, coisa que, parece-me, nenhum dos voluntários da “causa” tem conseguido, seja comigo, seja com tantos outros “viciados”. Mal ou bem, sou quem sou e como sou, e até me arrisco a só deixar de fumar com notícia publicada… na página da necrologia. Já agora, ao contrário do que possa parecer, deixo aqui expresso que apoio a vossa causa.

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    1. Meu caro José, posso dizer-lhe que, sinceramente, se estivermos os dois num espaço fechado, nunca me importarei de fumar o "meu cigarro passivo" através do seu "maço activo", só pelo prazer da conversa...

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    2. Não me diga que o Fernando me acha capaz de cometer tal indelicadeza, para não dizer outra coisa mais forte. Quando muito, pedir-lhe-ia uma ou outra interrupção para uma retirada estratégica ao ar livre...

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