segunda-feira, 10 de setembro de 2018


Quem os ouve falar...


O homem, que não perdia uma oportunidade para fazer ouvir os seus sapientes conselhos, a empresários como a governantes, enquanto presidente da Associação Industrial do Minho, tão escutado e competente se imaginava, acabou levando à falência aquela organização.

Assim, Instituto do Emprego e Formação Profissional, Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco e Confederação Industrial de Portugal,vendo-se sem largos milhões de euros, que os activos daquela Associação não vão cobrir, mas não vendo melhor saída,  acabaram provocando o colapso.

Mas ao homem não faltam agora desculpas, que nada disto teria acontecido se, se, e se, embora o  pano de fundo de todos os problemas, segundo noticia o JN, tenha sido o processo-crime movido à AIMinho por utilização indevida de fundos europeus para formação profissional, o que também já é um clássico envolvendo este tipo de “visionários”...

Filho do cavaquismo, houve em tempos um fanfarrão que foi Comissário Europeu, Comissário da Expo 98 e, quando Durão Barroso chegou a primeiro-ministro, foi colocado na TAP com a função de preparar a privatização daquela empresa; e, nessa qualidade, aparecia constantemente na Comunicação Social a debitar sapiência, donde sobressaíam as divergências com o brasileiro que dirigia a companhia.

No governo de Santana Lopes, o ministro António Mexia correu com ele da TAP e deixamos de ver e ouvir a criatura; até que, uns tempos depois, veio a notícia que o génio tinha aberto falência pessoal, por estar cravadinho de dívidas resultantes da má gestão da sua vida, enfim, tão bom e competente que era que, tendo-lhe faltado os tachos públicos, foi-se abaixo das canetas...


Amândio G. Martins

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