terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

A MORTE DA POESIA

Os homens já não comunicam. A sociedade deixou de ser uma comunidade. Estamos cada vez mais isolados, apesar dos avanços tecnológicos. Provavelmente vamos assistir à morte da poesia. Os discípulos de Rimbaud não são as figuras literárias do nosso tempo, mas sim os obscuros, os eclipsados ou os jovens forçados a reprimir o seu génio.
Só se aspira às luzes da fama. É necessário que alguém reine no silêncio e nas trevas. O lugar das trevas, a zona em que Nietzsche situava os deuses caídos, é tão importante como o mundo da luz. Lembremos os que criam nas sombras.

2 comentários:

  1. Não vamos assistir à morte da Poesia! Dados da Antena 2, que 'ninguém' ouve, diz-nos o contrário. Pré-anunciar a morte da Poesia, assim como ciclicamente vamos ouvindo o anúncio da morte da Rádio - é um manifesto exagero contaminado de pessimismo. Quando o ministério da Cultura tiver um peso igual ao das Finanças - outra Felicidade abundará! Os Poetas e Poetisas vêm o lado oculto da Lua... E dão respostas. Viva Jorge de Sena, Torga, Eugénio de Andrade, Ramos Rosa, Mário Cesarini, José Gomes Ferreira, Pablo Neruda e tantas e tantos mais. A Poesia nasce no coração e entronca na sensibilidade. Longa Vida à Poesia! Aos Poetas e Poetisas que nunca lhes doa o intelecto!!

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