- A febre de querer ser vários em um, de querer estar em todas, e sobre tudo opinar e mandar recados, antes de qualquer governo legislar sobre processos em curso, e com essa febre em pressão alta contagiar a governação e as medidas que estão em laboratório para aprovação, leva Marcelo, o presidente da República, a andar agora a ter a polícia à perna. Ele, vai acompanhado e como solista de uma banda que dispensa, mal lhe dê na real gana. É coleccionador de livros e de trechos, mas não declama poesia, e até dança e canta mas desafinado. É perigoso no entanto, pois espalha chamas e ergue desencantos, embora recolha fotos para mais tarde recordar. E tudo faz pela calada, mas também com espalhafato, assim como quem não quer a coisa. Mas faz. Desta vez decidiu por mote próprio, ir dar uma volta até ao bairro dos Chícharos, de uma jamaica feita um Vale de queixas. E foi sem dizer nada a ninguém, e nem sequer houve fuga de informação para que os mídia marcassem presença ou o acompanhasse sequer um polícia disfarçado. Marcelo "não gosta" de publicidade exagerada, e que faça dele um populista. Sobriedade é com ele. O professor conhece bem o significado de discrição. A sua vontade de apostar na simplicidade e abertura urbi et orbi, é tal, que alguém virá que dirá, "vamos ajudar o presidente Marcelo a sair com dignidade", logo seja ele em fim de cargo, próximo da largada da cadeira em que pouco se sentou, pelo febre que tanto o consumia e o fazia ir apanhar ar até qualquer lugar de abraços e beijos, e uma ginjinha para sossegar. Uma dúvida porém se levantará depois. Como se desenrascará ele, enroscado no silêncio da calma impossível? Vai escrever para nos esclarecer, se a gente tiver memória como a dele para o poder acompanhar ao seu compasso. Só assim!*
-*(DN.madrª10.02)
Estamos numa de dizer mal de Marcelo, porque sim ou porque não. Força enche o ego de tantos.
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