quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

"Alma" e racionalidade: a mais ou a menos?

Dois assuntos me trazem aqui, embora alguns possam perguntar: " o que tem o cu a ver com a calças". Tudo, direi eu, como quase todas as coisas. Ou não fosse o mundo e a sociedade humana um todo holístico. Primeiro a Europa, analisando o que escreveram Maria Fátima Bonifácio e Francisco Assis (FA), ambos no PÚBLICO, em dias diferentes. A primeira "batendo" na Europa por que tem "excesso de racionalidade" em detrimento da "alma" que ela compara à religiosidade, não lhe bastando a espiritualidade, que é coisa bem diferente. Confessa-se agnóstica mas isso não a inibe de defender aquilo em que não acredita, numa patente ilogicidade de raciocínio. FA volta à racionalidade da mesma Europa, não a atacando mas, no fundo, dizendo que ela contribui para os ataques dos extremos políticos. Curioso também que, destes últimos, uns são, "convenientemente" defensores da "Igreja instituição" e os outros são ateus.
O outro assunto é precisamente a "Igreja Instituição" e todos os desvarios malévolos que o Papa Francisco tenta atalhar, como se vê nesta convocação dos presidentes das Conferências Episcopais, para tratar da pedofilia dos padres. Que o PÚBLICO e a VISÃO trazem, com relevo e pertinência, à colação.
Exclamo: afinal a razão não é suficiente para agregar povos numa organização política humana que nos enforma desde há mais de dois séculos, mas a instituição mais universal em que todos obdecem(?) ao mesmo credo e linguagem, pelos vistos também não! E digo: prefiro uma ligação humana de seres biologicamente "iguais" a uma outra em que, sob uma falsa "igualdade de fé" se acoitam verdadeiros abutres dessa mesma humanidade. Agora, puxar a última para o topo da hierarquia da motivações de valorização, nunca!

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

  1. Não li os artigos, mas não consigo perceber o teor nem as motivações dos mesmos!
    Consultando o site oficial da UE, fico a saber :

    “Objetivos e valores da UE

    Os objetivos da União Europeia são:
    * promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus cidadãos
    * garantir a liberdade, a segurança e a justiça, sem fronteiras internas
    * favorecer o desenvolvimento sustentável, assente num crescimento económico equilibrado e na estabilidade dos preços, uma economia de mercado altamente competitiva, com pleno emprego e progresso social, e a proteção do ambiente
    * lutar contra a exclusão social e a discriminação
    * promover o progresso científico e tecnológico
    * reforçar a coesão económica, social e territorial e a solidariedade entre os países da UE
    * respeitar a grande diversidade cultural e linguística da UE
    * estabelecer uma união económica e monetária cuja moeda é o euro
    Valores
    Os valores da UE são comuns aos países que a compõem, numa sociedade em que prevalecem a inclusão, a tolerância, a justiça, a solidariedade e a não discriminação. Estes valores são parte integrante do modo de vida europeu:
    * Dignidade do ser humano
    * A dignidade do ser humano é inviolável. Deve ser respeitada e protegida, constituindo a base de todos os direitos fundamentais.
    * Liberdade
    * A liberdade de circulação confere aos cidadãos europeus o direito de viajarem e residirem onde quiserem no território da União. As liberdades individuais, como o respeito pela vida privada, a liberdade de pensamento, de religião, de reunião, de expressão e de informação, são consagradas na Carta dos Direitos Fundamentais da UE.
    * Democracia
    * O funcionamento da União assenta na democracia representativa. Ser cidadão europeu também confere direitos políticos: todos os cidadãos europeus adultos têm o direito de se apresentar como candidatos e de votar nas eleições para o Parlamento Europeu. Os cidadãos europeus têm o direito de se apresentar como candidatos e de votar no seu país de residência ou no seu país de origem.
    * Igualdade
    * A igualdade implica que todos os cidadãos têm os mesmos direitos perante a lei. O princípio da igualdade entre homens e mulheres está subjacente a todas as políticas europeias e é a base da integração europeia, aplicando-se em todas as áreas. O princípio da remuneração igual para trabalho igual foi consagrado no Tratado em 1957. Apesar de continuarem a existir desigualdades, a UE realizou progressos significativos.
    * Estado de Direito
    * A UE assenta no Estado de Direito. Tudo o que a UE faz assenta em Tratados acordados voluntária e democraticamente pelos países que a constituem. O direito e a justiça são garantidos por um poder judicial independente. Os países da UE conferiram competência jurisdicional ao Tribunal de Justiça da União Europeia, cujos acórdãos devem ser respeitados por todos.
    * Direitos humanos
    * Os direitos humanos são protegidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da UE, que proíbe a discriminação em razão, designadamente, do sexo, origem étnica ou racial, religião ou convicções, deficiência, idade ou orientação sexual, e consagra o direito à proteção dos dados pessoais e o direito a acesso à justiça.”

    Se alguns necessitarão de alguma sensibilidade, que , realmente, não se tem manifestado em muitas situações , isso não se pode, nem deve, confundir com “ alma” religiosidade ou espiritualidade! São valores comuns à espécie humana, dotada ( e ainda bem! ) de RACIONALIDADE para poder tomar decisões conscientes e em liberdade!

    Tenho o maior respeito por todas as confissões religiosas, mas não nos esqueçamos que quem as representa são seres humanos de carne e osso, e como tal, falíveis e mais ou menos “ competentes “ para os cargos que ocupam, como em qualquer organização de cariz não religioso ...

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