quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

OS EMBUSTES, FINANCEIRO E POLÍTICO-SOCIAL!


Os cidadãos eleitores que não votaram esta actual situação governativa, devem sentir-se muito mal com promessas não cumpridas deste governo. A primeira, à cabeça logo, era que a austeridade havia terminado, e que as "maldades" que Passos havia feito para resgatar a dívida e a bancarrota socialistas, eram passado e não o futuro radioso de António Costa (AC). Afinal, algum pequeno crescimento económico foi esbanjado em "reposições" de direitos e regalias, retirados durante o resgate. E a brutal dívida pública, uma das maiores em percentagem do PIB da Europa e do Mundo, continua a crescer nominalmente, situando-se nuns vergonhosos e altamente preocupantes 128%. Quando a UE exige um rácio de 60%, está tudo dito! E nada se faz para aumentar a poupança privada ou incentivar o investimento. Ao contrário, as senhoras bem pensantes do BE andam numa louca deriva contra as empresas privadas, sejam do sector saúde ou de outro qualquer. As esquerdas só descansarão quando tiverem destruído todo o sector privado e erigido nos seus escombros uma economia centralizada estatal, tipo URSS, que deu "bons" resultados como bem sabemos. AC conseguiu segurar as centrais sindicais durante três anos, mas neste momento a guerra é total e há greves todas as semanas nos principais sectores tutelados pelo Estado. Temos por isso dois grandes embustes deste actual governo. Um de ordem financeira, em que por um lado se promete o Céu e a Terra, mas com as brutais cativações das Finanças, os serviços públicos essenciais, Saúde, Ensino e Segurança, estão sufocados e exaustos financeiramente. Outro de ordem político-social, em que afinal não compensou fazer todas as vontades aos diversos grupos de pressão, desde o BE e PCP aos sindicatos, pois há greves a toda a hora. Oxalá o povo eleitor reflicta bem nas suas opções antes de votar, em Maio e em Outubro.
OBS: foi publicado na íntegra na edição do PÚBLICO de 20/02/19.

3 comentários:

  1. Registo a frase " ...algum crescimento foi esbanjado em "reposições" de direitos e regalias..." (sic). Eu trocaria as aspas para esbanjado... porque só foram direitos e não regalias... mas cada um sabe como vê as coisas....

    ResponderEliminar
  2. Numa coisa estamos de acordo: a dívida pública é demasiadamente alta. Daí a inevitabilidade de a renegociar – é uma questão de tempo, basta esperarmos, e não é importante saber quem estará, na altura, no Governo.
    Mas impõe-se algum rigor. Para isso, vou transcrever a evolução da dívida bruta das Administrações Públicas em percentagem do PIB, desde 2010 (dados da Pordata):
    2010 – 96,2
    2011 – 111,4
    2012 – 126,2
    2013 – 129
    2014 – 130,6
    2015 – 128,8
    2016 – 129,2
    2017 – 124,8
    E isto, apesar das “reposições”.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado José. Sempre é mais um dado para o povo eleitor reflectir bem nas suas opções na próximas eleições de Maio e Outubro.

      Eliminar

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.