Com muita frequência somos informados de lares de idosos que são fechados pelas entidades fiscalizadoras por falta de condições e dos problemas resultantes das suas transferências e algumas vezes de devolução às famílias. E também sabemos de muitas famílias que mesmo com alguma disponibilidade monetária e vivendo em áreas centrais têm dificuldade em encontrar um lugar acolhedor e central para deixarem os seus idosos, idosos que muitas vezes conscientes das suas limitações, pedem para deixar as suas casas.
Não é a primeira vez que escrevo sobre este assunto mas últimas noticias em jornais diários vieram avivar este problema.
É sempre complicado conviver com as limitações que a idade ou a falta de saúde nos atinge e assim o número de idosos a viverem sozinhos é cada vez maior e também cresce o número de instituições que vão prestando assistência a essas pessoas. Há mesmo prédios em que o número de pessoas sozinhas é praticamente total. E muitos idosos, mesmo tendo família, esta pela pressão do dia a dia do trabalho e de assistência aos filhos não consegue disponibilidade para uma assistência assídua ou para visitas regulares a estes familiares.
Este assunto devia merecer uma atenção urgente das autoridades em geral e em especial das autoridades locais pois o beneficio do aumento da esperança de vida também está a trazer um reverso muito complicado.
Aqui no Município onde vivo – Oeiras – continua-se a ouvir que há falta de lares centrais para idosos a preços acessíveis embora a assistência domiciliária e os centros de dia tenham aumentado e até as Juntas das Freguesias promovam convívios e excursões para quebrarem o isolamento de alguns idosos. Mas parece que continua longe uma resolução deste problema.
Em contrapartida o número de supermercados e grandes superfícies tem aumentado exponencialmente. Há já um número apreciável destas áreas de vendas e até aqui em Algés em menos de um esfregar de dedos uma área de um prédio que se pensava que seria uma garagem – e até já tinha sido – e que algumas entidades tinham pensado fazer uma zona de serviços, de repente aparece em obras, sem qualquer aviso informativo e irá abrir como supermercado quase ao lado de outro que ali já existe há anos.
São coisas que às vezes custa a compreender: umas como lares de idosos estão-se a “estudar” ou à espera que uma entidade avance outras, como supermercados, mesmo sem informação visível aparecem feitas.
Maria Clotilde Moreira
Jornal Costa do Sol - 30.01.2019
Totalmente de acordo. Hoje que nós velhos " duramos mais tempo , o acolhimento é pior que em 1980.
ResponderEliminarHavendo, por exemplo, quareis que para nada servem, hoje, porque não adaptá-los, bem, a lares e serem "ocupados" conforme a reforma de cada um?
Porquê?
Aqiui no Poro, aaquele à beia Rio Dourio que a dada altrra o anteir minustro da Saude sonhou em ser o Apiframa???~~Está dispobibel. E há mais!!
A amiga Clotilde que me desculpe, mas admirado fico eu que a senhora se admire por isso.Então não sabe em que regime vive? Não sabe que o capitalismo segue o seu curso normal? E a fase em que está, é a fase monopolista. Claro abrem super e hiper mercados! Enquanto houver pequenos e médios eles abrem e estes estoiram. Quanto aos lares, eles querem lá saber dos idosos ou menos idosos! Então isto não é do mais Lapalissiano que existe?
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