quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Um Juiz contestado



- Parafraseando o autor de um artigo do jornal JN,  "Um  juiz sem passadeira":- "Imagine-se o seguinte cenário. Um homem entra em casa e vê a mulher a usar a sua pomada dermatológica noutro homem". Reage mal e é preso. Um advogado endireita da parte ofendida, vem aos media e diz-" a mulher vive agora escondida e cheia de medo, depois que lhe retiraram a pulseira electrónica. Ela estava mais segura enquanto ele foi arguido". Já sabemos que os advogados, são um género que aparece sempre a travar-se de razões, por qualquer dos lados, desde que lhe paguem. A luta agora é contra um Juiz, Joaquim N. Moura, que divergiu mas que fundamentou numa de recriação analógica, e bem, as deliberações tomadas para retirar ao agressor ofendido na honra, e condenado por a levar a peito, a dita pulseira, que denuncia a sua presença, quando este se apresenta perto da comprovada vítima aos olhos da Lei, que não da moral convencional. Mas esta situação levanta uma questão. A vítima diz em sua defesa, que vive agora em pânico maior, por a pulseira-alarme ter sido retirada ao condenado e antigo companheiro. Supondo que ao arguido, lhe chegaria mais cedo ou mais tarde o direito a ver-se livre da pulseira, pois não iria usá-la a vida toda, quando é que a vítima-queixosa sobressaltada e em pânico por todo o lado, e mais o seu causídico, vão deixar o argumento do terror vitalício, que agora esgrimem, para atacar o Juiz que interpretou o disposto na Lei, e fundamentou a decisão então tomada, mas que alguns levianos argumentistas interpretam como um prémio ao condenado aliviado da tecnologia que lhe ia presa ao pulso ou na canela, pois parece que a queriam para sempre a ele amarrada, e até aos infernos? O juiz Neto de Moura também terá que ser condenado, pelo rigor na distância e frieza manifestada, a que os tais analistas apelidam de, decisão retrógrada e do século da treva? será ele o leviano, nesta "estória" alimentada por moralistas modernos, escribas, analistas, comentadores, especialistas em comportamentos gang bang, mas todos à cornada para lançar à fogueira o Juiz, das "convicções inabaláveis"? Pensem nisso, e na violência com que emitem opinião!*

-*(hoje 02.02.019 no DN.mdrª)

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