quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

O CAOS DO MARKETING

Ai, a ligação entre os bancos e as empresas e as lojas e os projectos...pessoas normais...network marketing...capitalismo. Nada tenho a ver com isso. Sou de outro mundo, apesar das miúdas bonitas. Lindas de morrer. Ah, as transacções, o rendimento a subir, o mercado, as aplicações, o Continente, os cartões, os descontos. A gaja não se cala. É uma máquina de falar. Merda! Já disse. Nada tenho a ver com isso. Sou de outro mundo. Sou poeta. Um poeta dos antigos. Um poeta a valer. Bebo a minha cerveja. Jaime, Zé Né, Paulo Bonito. Estou farto da conversa da gaja. Poupem-me. Dinheiro. Percentagens. Consumidores. Argh! Que asco! Deus meu! 10%. 500 euros. Pontos. Promoções. Menu. Números. Números. Mas não são os teus números, meu pai. Não são os números de Pitágoras. Pai, a gaja põe-me louco. 50 euros às quintas-feiras na conta. Transferências. Não se cala. Jesus, save us! É o caos. A juventude está perdida. É só negócio. Antes beber. Antes ser louco. Antes ser poeta vadio. Valha-me a cerveja. Valha-me Deus. Tanto paleio, tanto paleio e no fundo, no fundo, não passas de uma escrava. 

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