Nos últimos
dias, os apoiantes da “geringonça” têm andado num virote. Após o anúncio, por
parte do CDS, da apresentação da moção de censura ao Governo, as hostes que o
apoiam já andavam a deitar contas à vida. Sobretudo os ministros
recém-empossados, que corriam o risco de bater o record do último Governos de Passos Coelho, cujos membros aqueceram
as cadeiras por uma dúzia de dias, mais coisa menos coisa.
Vai-se a ver
e, afinal, nem o PSD deu importância à moção, embora votando a favor, talvez
com medo das reacções internas no partido, aonde haverá gente que logo diria
que Rui Rio é uma muleta do Governo PS. Aliás, António Costa, depois de ter
suspirado de alívio, deve estar agradecidíssimo a Assunção Cristas por esta lhe
ter dado a oportunidade de ultrapassar olimpicamente uma moção de censura. Mais
uma medalha para o curriculum de
Costa.
Quer tudo
isto dizer que Assunção Cristas não sabe o que faz? Nem pensar, se há alguém
que pense que ela se enganou, desengane-se, também. Não deixa de ser triste,
mas era isto mesmo que ela queria. Disparou um fogacho de pólvora ressequida e,
palpita-me, não será por caminhos destes que leva o seu partido à liderança da oposição,
como ela achava possível e quase prometeu aos apaniguados.
Se mais
créditos não teve, Assunção Cristas averba um sucesso (pessoal) retumbante:
passou a ser a inventora das fake-moções.
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