quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Uff… passou o susto


Nos últimos dias, os apoiantes da “geringonça” têm andado num virote. Após o anúncio, por parte do CDS, da apresentação da moção de censura ao Governo, as hostes que o apoiam já andavam a deitar contas à vida. Sobretudo os ministros recém-empossados, que corriam o risco de bater o record do último Governos de Passos Coelho, cujos membros aqueceram as cadeiras por uma dúzia de dias, mais coisa menos coisa.

Vai-se a ver e, afinal, nem o PSD deu importância à moção, embora votando a favor, talvez com medo das reacções internas no partido, aonde haverá gente que logo diria que Rui Rio é uma muleta do Governo PS. Aliás, António Costa, depois de ter suspirado de alívio, deve estar agradecidíssimo a Assunção Cristas por esta lhe ter dado a oportunidade de ultrapassar olimpicamente uma moção de censura. Mais uma medalha para o curriculum de Costa.

Quer tudo isto dizer que Assunção Cristas não sabe o que faz? Nem pensar, se há alguém que pense que ela se enganou, desengane-se, também. Não deixa de ser triste, mas era isto mesmo que ela queria. Disparou um fogacho de pólvora ressequida e, palpita-me, não será por caminhos destes que leva o seu partido à liderança da oposição, como ela achava possível e quase prometeu aos apaniguados.

Se mais créditos não teve, Assunção Cristas averba um sucesso (pessoal) retumbante: passou a ser a inventora das fake-moções.  

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