(“i “ 06.08.2014) O
Banco Bom e o Lobo Mau
Parece uma história para criancinhas, esta de dividir, só
agora, depois de tanto mal feito o BES em dois.
Um Bom, sem males, puro e exemplar, para não ser contaminado
pelo Lobo Mau, que já estragou tudo, mas ninguém deu por nada apesar de tantos
a fiscalizar, por todos os lados. Tantos à caça e nada!
E ainda não deu para entender se alguém irá de facto e
depressa atrás do Lobo Mau, ou se esse vai continuar a fazer das suas
serenamente, quer pela calada da noite, quer pelo barulho dos dias, deste Verão
tristonho e envergonhado. E com tantos Lobos Maus que este País tem tido e
tantos caçadores atrás dos mesmos não tem sido boa a caçada, e se não nos é
dada uma ajudita lá de fora, com algumas ameaças, os lobos maus continuam à
solta, a tudo estragar.
E depois cria-se tardiamente o tal Banco Bom, onde tudo vai
ser muito cuidadoso, muito limpo, muito puro. Nunca aí entrará o Lobo Mau,
mesmo que ainda possa ter umas coisitas a buscar, mas já não precisão de aí ir,
já se alimentou bem, antes, e ninguém deu por ela.
Mas será que não haverá mais Lobos maus por cá?
Será que estamos prevenidos e com os caçadores bem
preparados? Ou nem por isso? Assim-assim, como é nosso hábito e depois lá vai o
outro lobo mau e come mais fruta, ainda boa! Já não temos muita. E depois
fica-se sempre à espera que só coma aquela e vá embora, para não se ter que
actuar. E quando se actua já se devia ter actuado há muito.
E ninguém se pode sentir seguro cá dentro, dado que ninguém
de facto e antecipadamente com “redes fortes” nos protege destes Lobos Maus. E
depois tudo à última hora feito para ver se se remedia o que a tempo, ficou
desprevenido. E pela noite adentro. E sem horas certas!
E que historinhas poderemos contar às nossas criancinhas,
estas, ou as outras mais usuais para elas, ainda crianças?
E como estamos de facto de Bancos Bons? Digam-nos por favor,
para estarmos um bocadinho, só um bocadinho, mais seguros. Muito obrigado, e
até parece que nós já pagamos! Mas mesmo assim, por favor, vejam por cá os
Lobos, os maus!
Augusto Küttner
Se o grande Banco Espírito Santo se fragmentou em Banco Bom e Banco mau, os outros bancos devem continuar a ser Bancos Assim-Assim. Logo, o sistema bancário deixa de oferecer confiança e o velho hábito do colchão vai ser recuperado. É a vidinha e o GRANDE SISTEMA DE DESCONFIANÇA que está instalado nas nossas vidas.
ResponderEliminarSem dúvida!!!!!!
EliminarAugusto
O problema do colchão é que já não há colchões com acesso ao seu interior para acondicionar a palha. Agora aão blindados e com molas. Então onde colocar as notas?
ResponderEliminarPara os menos afortunados, o problema não vai ser o colchão, mas as notas. Um abraço lusitano para a Clotilde.
ResponderEliminarMas que notas, falsas ou de falsete?
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