Portugal, no Verão, não passa sem festas. Tudo baila, tudo
dança, e pula, mas não avança no sentido colectivo do termo. Isto é, canta-se à
desgarrada e a minha festa é melhor que a tua.
E os partidos políticos também não fogem à regra. Um pouco
por este país fora lá vão aos ajuntamentos de veraneio.
E é vê-los tisnados, sem medo de contraírem melanomas,
botarem faladura no sentido de prometerem fazer cada vez mais e melhor o que
nunca antes fizeram ou pensaram vir a fazer, ou um dia farão.
Assim, é já no dia 15 que a Festa do Pontal vai voltar ao
calçadão da Quarteira num charmoso festival laranja ao seu mais alto nível
propagandístico, social e auditivo para que, na Aldeia da Coelha onde tem casa
de férias o par de inquilinos de Belém, cheguem os suaves acordes dessa magna
reunião em mais uma cálida noite de Verão.
Enfim, é o ‘vira o disco e toca o mesmo’ de sempre, nesta
ilusão colectiva sem solução à vista, ou, então, ainda poderão ser
reminiscências dos danos colaterais do 25 de Novembro, posterior aquele radioso
25 de Abril de 1974.
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