O amigo
Guerreiro é um homem destroçado.
Não levou a
malta do atletismo (quarenta e quatro) ao aeroporto. O seu alvará de taxista só
permite levar um passageiro, de cada vez.
Com os das
canoas aconteceu o mesmo.
Num mês,
perdeu dois serviços. Ele que gostava
tanto de poder fazer um bom serviço!
Se em vez de
uma motorizada tivesse uma Ford Transit,
a sua vida seria diferente, seria um homem feliz!
A rapaziada
ficou um bocado triste, mas não deprimiu. Quotizaram-se todos e alugaram três
juntas de bois – com os cornos pintados com as cores da bandeira: os cornos
direitos a vermelho, os esquerdos a verde , para dar a sequência certa e lógica
– e lá foram para o aeroporto, todos na pandega.
Fica também
por referir, que desta vez não houve autoretrato com o presidente da junta, que
se encontra de férias em parte incerta.
Entretanto,
o Guerreiro, homem judicioso, resolveu tomar uma decisão: vai amanhã ao banco
pedir uma linha de crédito para a aquisição da dita viatura. Só está na dúvida
a qual deles deve ir: se ao dos anjos se ao dos demónios.
“No dia em que tiver a minha carrinha,
faço-os todos: os serviços!”
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