O novo Comissário
Europeu é certamente um jovem inteligente, com excelente preparação académica e
profissional. Desempenhou aliás de forma muito meritória, o difícil encargo de
negociar o resgate financeiro com os nosso credores. Compreende-se que num País
em que o interesse nacional pouco conta para a oposição, o governo tenha sido
quase forçado a nomear uma pessoa da sua confiança, que não fosse apoucar o
interesse nacional, em favor dos habituais jogos partidários. O que já se
compreende menos é que não houvesse, dentro do governo ou fora dele, na área
dos partidos que o compõem, uma pessoa com mais uns cabelos brancos, e uma
experiência política e da vida, que só a idade pode conferir. "Mais
mundo", como gostam de dizer Soares e os seus indefectíveis, quando
criticam escolhas destas. Neste caso terão razão, o que é triste, pois o
governo pôs-se a jeito para ser facilmente criticado. Vão certamente acusá-lo
de só escolher os seus, de recompensar serviços prestados, etc. Se tivessem
optado por outra pessoa, com mais currículo político e de vida, já as críticas
seriam mais dificultadas. O próprio nomeado vai sentir-se um pouco mal, no meio
daqueles "grisalhos" todos na Comissão. E estes irão brincar com o
"miúdo" português. Foi mais uma prova da "sanha etária",
que este governo tem alimentado na sociedade portuguesa. Mas que mal fizemos
nós, para merecermos tão pouco?
OBS. Publicado na edição de 5 de Agosto/14 do jornal Público
OBS. Publicado na edição de 5 de Agosto/14 do jornal Público
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