segunda-feira, 30 de maio de 2016

Portugal gangrenado


Estava nesta cogitação gangrenosa e de desabafo, acerca da podridão, que em sentido figurado nos diz que ‘a corrupção e o vício são a gangrena da alma’, ao que acrescento ‘alma lusitana’, quando deduzi o seguinte: como poderá Portugal sobreviver tendo que sustentar cinco presidentes da república, um governo central, cerca de quatro centenas de governos municipais, dois governos regionais, fundações sempre carentes de fundos públicos, a mantença de contratos de associação pecaminosa, desvios criminosos em parcerias ruinosas, de entre outros saques colectivos, como alguns bancos transformados em cavernas de ladrões?
Compatriotas, só um pequeníssimo mas dispendioso exemplo para ilustrar o que acima enumerei: conheço um presidente de uma assembleia municipal que antes de o ser andava e conduzia um vulgar carro usado – o seu. Hoje, tem um chauffeur que o espera à porta, com um carro preto acima da média, para o levar, à nossa custa, aonde muito bem entende ir, pois deixou de conduzir ou terá ficado senil.
Concidadãos, agora façam a multiplicação e vejam, olhando para as vossas bolsas, a maldição em que caímos para estarmos sujeitos e obrigados a sustentar tanta cambada.


José Amaral

1 comentário:

  1. O meu grande receio que a regionalização vá em frente, é precisamente por entender que irão ser criados mais uma série de lugares tais como - mini assembleias, mini governos, secretários, chefes de gabinete, assessores, motoristas, etc. mantendo-se os actuais órgãos a que chamam de soberania. Caso me provem que não será assim, talvez analise esta solução por outro prisma.

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