A Europa até a Nato está a perder
Sem Memória e sem História, é impossível viver o presente
com mínimas perspectivas de um futuro confortável, mas desgraçadamente é o que
nos está a acontecer.
Vejamos, a título de exposição, qual a nossa actual
participação efectiva europeia na Nato, quando esta parece nada representar
para o comum dos europeus.
Trata-se (tratava-se) de uma organização criada para
defender o Atlântico Norte, pelo Ocidente, pós - Hitleriano, da qual fariam parte
séria, quase todos os países Europeus, até a Turquia, e com força EUA e Canadá.
Quase se não houve falar na Nato, por certo muitos jovens
nem sabem se existe ou o que faz, e pelos piores motivos, ou seja, o risco de
definitivamente não contar com a Europa.
A Europa como um todo vem desinvestindo na sua segurança,
achando que terá sempre a protecção – o guarda- chuva – dos EUA, como teve
quando havia o Muro de Berlim, e do lado de lá a URSS e seus satélites.
O Muro foi-se, e parece que tudo se confundiu no que estava pré-estabelecido,
a URSS deu lugar à Rússia, a Europa armou-se em unida mas desagrega-se em todas
as vertentes a cada dia que passa, desde a social, passando pela económica e acabando
na militar.
Entretanto os EUA já não a consideram essencial, por muito
que alguns bem-intencionados possam dizer o inverso, e estão a dar a volta
lentamente pelo Pacifico e ir onde se cria riqueza e há alguma vontade de unidade,
ou seja China, India, Japão. Mais atractivos, mais coerentes consigo próprios,
e com mais dinheiro.
Já aquando da queda – tardia – de Kadhafi, na Líbia, a
Europa mostrou a sua total desunião, a França isoladamente mandou lá um avião e
os EUA para se continuarem a mostrar a 1ª potência mundial tiveram que ajudar, e
o resto não deu sinais europeus de existir.
Agora, com toda a trapalhada sangrenta na Síria, a Nato não
se faz ouvir, a Alemanha – que dela faz parte desde 1955, e tem ainda remorsos
do que fez na última guerra mundial – põe-se de fora, a Inglaterra tenta dar
sinais de vida, país que não sabe se vai continuar na UE, e a França como já em
tempos, não muito longínquos, esteve por lá, teve um vislumbre de apoiar Obama
a criar uma nova guerra.
A Europa como um todo não existe, a participação desta na
Nato – que não ficaria pelo Atlântico Norte - é pura ficção, e o lugar europeu
neste mundo globalizado vai-se esvaindo em todas as vertentes, até na militar,
que é a menos urgente, mas sintomática da situação desagregada a que chegamos.
Se soubermos ser um todo unido democrático, social e
económico, a defesa claro que viria por acréscimo e o nosso papel na Nato seria
o que nunca deveria ter deixado de ser! História, Memoria, União e bom senso estão-nos
a fazer demasiada falta! E se não as activarmos, afundamo-nos de vez!
Augusto Küttner de Magalhães
(DN 06.10.2013)
A NATO, a ONU, a OCDE, a UE, e as centenas de organizações supranacionais, que passam despercebidas a muito boa ente, são estruturas supranacionais, que ficam muito caras aos cidadãos dos países que delas fazem parte, e algumas delas não correspondem ao que delas se espera. Os seus altos dirigentes, bem pagos e bem acomodados, deslocam-se para todo o mundo em aviões apropriados à função e da sua acção pouco ou nada os povos beneficiam. É preciso rapidamente reformar algumas dessas instituições, pois os contribuintes dos países mais pobres estão a ficar sem a pele. Para muitos dos beneficiários directos desses institutos o seu exercício corresponde a uma reforma dourada e uma capa de prestigio.
ResponderEliminarSem dúvida.
ResponderEliminarE fazer tudo ao tamanho e à utilidade que deva ter.
E de facto haver sempre em todos os lados, uns previligiados, que tudo recebem em contrponto com os que tudo fazem e muito bem, e mal pagos são, tem que acabar!