Estas manifestações populares, porventura mais que justas,
conseguem arregimentar na rua o que as forças políticas que tais manifestações
apoiam e suportam NÃO conseguem obter nas urnas.
E este continuado contra-senso é cada vez mais estranho e
difícil de compreender, mas lá diz o ditado: ‘quanto mais me bates, mais eu
gosto de ti’.
Também as palavras de ordem foram e são a pedir a demissão
do actual governo.
E, depois, quem é que vai para lá, e de quem terá apoio?
De certeza que não irão para as rédeas do poder aqueles
representantes que serão continuadamente outros (mas sempre os mesmos dos
mesmos) dos que gostariam/gostaríamos de ver em tais andanças, pois inseguros
são aqueles que tal desejam, uma vez que muitos milhares de manifestantes
hipocritamente servem-se de tais organizações para fazer ‘barulho’, enquanto
essas mesmas organizações se servem dos manifestantes para mostrar ‘serviço’ e
quase nada mais.
E, continuando a escrever sobre incongruências ditas
democráticas, passo para o ministro da Economia, o senhor Pires de Lima que,
deixando a empresa que liderava na companhia de saborosas e frescas ‘loiras’,
se foi incorporar no exército do Terreiro do Paço, no qual, como veementemente
afirmava, não queria ser apenas ‘carne pra canhão’.
Mas não foi assim que se portou logo na primeira saída para
o ‘mato’, na ‘difícil’ operação de derrubar o IVA da Restauração.
De lá saiu com o ‘rabinho entre as pernas’ sem ter mostrado
qualquer rasgo de heroicidade, como apregoava aos quatro ventos antes de ser
incorporado no referido exército de não salvação nacional.
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