quinta-feira, 31 de outubro de 2013

D. José Policarpo outra vez ao lado do Governo

A hierarquia da igreja foi o maior e melhor sustentáculo do salazarismo e da sua injusta e mortífera guerra colonial. Pouca gente no seu seio, mostra prática cristã. Têm-se mantido silenciosa
face às graves, dramáticas e funestas políticas que têm empobrecido trabalhadores, reformados, pensionistas,... e destruído a nossa economia interna. Aquando no activo, o Cardeal José Policarpo (JP) esteve várias vezes ao lado deste Executivo. É desolador, contraditório e deprimente ver a hierarquia católica com um discurso de comprometimento pelos humildes e oprimidos (pobres)
e, na prática é solidária com quem os violentamente oprime! Agora, como Patriarca emérito diz não ver «soluções apresentadas pela oposição». Diariamente, na Assembleia da República os partidos da oposição criam alternativas às políticas de austeridade destruidoras. A CGTP enumera um conjunto de propostas pertinentes, personalidades idóneas: Economistas, jornalistas, fiscalistas
e outros apresentam modelos diferentes que a concretizar, daria folga ao garrote asfixiador do Povo. Nomeadamente aos paupérrimos que nem energia e meios têm para se manifestarem...
Os governantes não ouvem nada, nem ninguém. A palavra de ordem é: austeridade custe o que custar, nem que seja preciso morder a língua(!). Portugal regrediu 40/50 anos em termos de pobreza, emigração, cultura, desertificação do interior,etc.etc. O emérito JP tinha obrigação de ter tido e ter no futuro outro discurso. Quer que o Povo continue a baixar a cabeça. É triste. Valha-nos... e Deus!
“ O Governo está a semear a miséria” e “Este Governo é incompetente e insolente” disse solidário e com lucidez cristã o Bispo D. Januário Ferreira Torgal. Que nunca lhe doa a língua e Bem-haja!

Vítor Colaço Santos

1 comentário:

  1. Vamos partir de uma premissa, para que possa ser compreendido. Não reconheço capacidade à maioria dos actuais governantes para dirigir o país, porque estão na esteira dos anteriores e seguem a via da destruição da nação. Logo não posso aplaudir as medidas que tomam, antes pelo contrário, repudio-as na generalidade. Contudo, também, nem todas as posições tomadas pelas entidades que se opõem ao Governo são de aplaudir e o discordar de muitas delas, como faz o Cardeal, e não quer dizer que apoie o Governo. É preciso fazer leituras mais aprofundadas do que os outros dizem, e não ter assim tantas certezas que, esses outros, estão sempre errados. Concordo, quase sempre, com as suas posições analíticas em relação ao estado do nosso Estado.

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