«Que se lixem as eleições»(!), disse Passos Coelho, copiosamente derrotado nas eleições autárquicas, também porque (des)governou sem um pingo de social-democracia
e nenhuma sensibilidade social. Mais de 5 milhões de eleitores abstiveram-se! A abstenção somou 47,41%, votos nulos 2,95% e votos brancos 3,87%. Registou-se uma das
maiores abstenções de sempre. Em Lisboa chegou aos 56%, Faro rondou 53% e Setúbal aos impressionantes 60%. A abstenção subiu mais 6% em relação às autárquicas de
2009. Os Portugueses também refutaram e ausentaram-se porque só são chamados à participação política, durante as campanhas eleitorais e para votar. Na mediatização televisiva
da noite eleitoral houve comentários de vencedores e vencidos para todos os gostos mas nem uma palavra sobre a avalanche torrencial abstencionista... O comum cidadão não
interessa para nada. Abstencionistas, votantes em branco ou nulo foram varridos da noite televisiva. Nenhum dito responsável político questionou ou tentou responder:
O que falha para haver abstencionismo galopante? Quem vota em branco ou nulo e porquê? Mais, muito mais de 2 milhões de compatriotas desempregados, pobres ou novos
pobres, participaram no acto eleitoral? Velhos reformados e pensionistas cansados de tanto confisco e saque nas suas pensões e reformas, votaram? Invariavelmente em campanha eleitoral
prometem-nos o céu e após as eleições remetem-nos para o inferno. Os dirigentes políticos reiterada-mente viram do avesso as promessas que se vincularam em campanha,
violando assim a lealdade que devem aos seus eleitores. O nosso infortúnio advém de tudo ficar na mesma (e pior), depois das eleições...
Vítor Colaço Santos
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