sábado, 5 de outubro de 2013

Citações do povo em verso

Nesta jornada ou viagem
A que chamam terrena
Há muita derrapagem
Quando podia ser serena.

Escolhemos muitos becos
Onde a luz pouco penetra
São caminhos labirínticos
Sem qualquer meta ou regra.

Então grande desvario
Paira em lufadas a esmo
O Futuro será um calafrio
Com o Presente enfermo.
**********************
Nem no silêncio da guerra
Sequer as aves chilreiam;
Ouvem-se gritos de crianças
E de mães enlouquecidas.

Só silêncios de vozes
Em vidas estropiadas;
O clamor dos algozes
Sepultam milhões de vidas.

E o troar dos canhões
Mais o fogo da metralha?
Os mortos são aos montões
Sem lágrimas nem mortalha.

Que terra é esta, Deus meu?
Nela não me revejo
E porventura na obra
Do mundo que dizes Teu.
*********************
‘Não me obriguem
A vir prá rua gritar’,
Pois o que me fazem
A isso há de chegar.

Eu não queria isso fazer
Preferia trabalhar,
Mas tenho de escolher
Entre cair e me levantar.

Os vilões tudo me roubam
E continuam a roubar,
Eles que nada poupam
E engordam sem cessar.

A crise não provoquei
A culpa é do desalinho,
Haja honradez e lei
E poupem o Zé-povinho.
*******************
José Amaral

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.