Estamos a viver tempos demasiado turbulentos, e quem
poderia ter alguma possibilidade em evitar o trambolhão final, faz sempre e
cada vez mais, parte do problema e nunca da solução.
Muitos dos que se acham senhores da obstinação, nunca
viveram em ditadura, logo não sabem como foi, e muitos – demasiados – dos que a
viveram, hoje, num tempo em que se faz tudo para esquecer a História e não
haver Memória, entram no esquema mediatizado global, de esquecer o passado.
Parece que o passado começou, faz dois dias!
Quando se vislumbra uma pequena possibilidade de
negociação de acordos, a necessidade de “meter” os média ao barulho e a
ansiedade destes de “já” lá estarem, faz com que se tenha que ir sempre do
contra, “numa do não”, mesmo antes de haver dialogo ou triálogo. É só monólogo!
E, assim, temos partidos/movimentos que se não
estiveram nas Oposições desaparecem, logo nunca podem negociar, para não
acabar.
Depois temos o “raio do arco da governação”, com
instalados deslumbrados com os seus umbigos e que não negoceiam para não se
desinstalaram, para não perderem o lugar, para não se conciliarem. Era o que
mais havia de faltar.
A nível de topo do País, não há carisma, logo o poder
de influência, o poder de cativar, de ajudar a negociar, se algum dia terá
existido, hoje está pela “rua da amargura”.
Se a ideia for continuarem todos de costas, feitos
amuados e convencidos para não perder privilégios, próprios e únicos, vai
acabar. A mal.
E que acabe mal para eles “lá de cima”, já é de
nenhuma importância dado terem ajudado sempre à confusão e esquecido a
população.
O grave é que o caminho traçado vai acabar mal para
todos nós, e quando nos cair uma ditadura em cima, com uns salvadores tipo
Hitler, Pinochet, Mussolini, Estaline – há mais! -, levando o país ao paraíso,
vai ser mesmo a doer e acaba-se, aí, qualquer hipótese de conciliação, será
tardia e impossível. Será tarde.
Haverá camaleões que passarão de democratas a vassalos
da ditadura, mas não serão todos. E vai ser muito mau e já esteve mais
longínquo.
Augusto Küttner de Magalhães
Outubro 203
( DN de 27.10.2013, com outro
titulo)
Para nosso mal, ou seja para mal do nosso país, este pessoal que tem as rédeas do poder na mão e o que lhe é próximo não têm a noção do bem comum, nem da realidade que vivemos. Gente sem capacidade de visão para lá do muro e por isso não se entendem e, em primeira instância, o país perde o prestígio e a independência.
ResponderEliminarSó estão interessados nos aparentes benefícios imediatos, para si e seus comparsas, e não percebem que o barco já não aguenta tanta carga de sacrifícios e vai ao fundo. Num esforço comum, talvez ainda se pudesse calafetar as brechas do porão. Com gente pouco inteligente e nada sabedora a reparação não se fará. É preciso outras regras de comando e uma tripulação mais audaz.
Sem dúvida, Joaquim.
ResponderEliminarabraço
augusto