quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O Livro em Branco - 10 (continuação - página 19)


Nota: poema nascido aquando da minha forçada estada na ex-Guiné Portuguesa, como miliciano na Guerra Colonial, entre 1966 e 1968)

 o teu poema

 lago cristalino

de límpidas águas,

com vestes tão alvas

como a tua alma.

 
que divino lago

vejo em teus olhos!

que sublime prece

sai dos teus lábios!

 
e quando amanhece

e a seiva brota

tudo renasce,

como de ti

brota o amor.

 
do límpido lago

que teus olhos têm

e em mim cai,

gota por gota,

do lago divino

cantando um hino

ao nosso amor.

 

José Amaral

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