Estamos em cima do limite em que ou há coragem, força, capacidade, vontade
e competência para fazer as reformas que já deveriam estar feitas, ou vamos
estrondosamente rebentar.
Sabemos que temos institutos, autarquias, universidades, escolas, fundações
– ainda, ainda – a mais, e que não nos vamos assim aguentar. Sabemos, vem de
muito trás, que face ao conhecimento / cunha, se abrem portas, se arranjam
tachos, se fazem jeitos, até lugares se criam, e sabemos que até isso está no
limite da imbecilidade.
Várias hipóteses podem ser colocadas.
Uma primeira é continuar a deixar tudo na mesma, até acontecer algum
milagre, que não vai acontecer, logo vai tudo implodir. Dentro de pouco. Tudo e
todos. Escaparão os que conseguirem fugir, com pé de meia!!!
A segunda, é fazer uma única reforma, por gente capaz e competente, sem
muito espalhafato, sem amigos, primos ou conhecidos, que poderá levar 80.000
Pessoas para o desemprego. Fechar, Fechar. Fechar. Horrendo!
A terceira será, sem acabar com hierarquias, sem nunca nivelar tudo por
baixo – nem igualar - , diminuir, mas muito, mesmo muito, todos os salários de
topo e quadros médios que ganhem o que não é justo ganhar, para que os custos
de cada estrutura, logo do global, sejam corrigidos para patamares minimente
comportáveis e aceitáveis.
E, hoje, quem tem que ser alvo desses cortes – no topo, nas benesses, nos
exageros - por certo não tem alternativa, nem no instituto ao lado, nem na
vizinha freguesia, aceitará, ou perde o emprego. Perde tudo. Pronto.
Inconstitucional! Não! É duro, mas chega de brincarmos com o fogo. Isso nem se
deixa às crianças, e temos demasiadas já adultas!
Claro que o automóvel, o almoço, o jantar, e muito mais pago pelo erário
público direta ou indiretamente, para além do salario tao elevado, vão ter que
acabar, mas não acabará tudo, e mesmo que o topo finalmente desça um pouco –
bastante, estava muito alto - manter-se-á ainda muita gente a trabalhar, num
tempo em que o desemprego dispara. E até faz bem guiar carro próprio, ou de
quando em quando ir de transporte público, ou até a pé!
E, se mesmo assim cortes mais houvesse justamente a ter que fazer, seria
melhor desempregar, - nunca, nunca - os 80.000 ou mais, mas alguns com promessa
garantida Europeia e obedecida cegamente por cá, de terem apoio, imediato e
durante tempo achado justo e necessário. Novas formas de encarar,
pequenos/grandes problemas, mas com muita transparência!!!!
Estamos a falar de Pessoas, mas chega de tantos terem tanto e outros estarem
quase no limite da não sobrevivência. Haja vergonha! Haja seriedade, cada um
que olhe para si e não esqueça o vizinho.
E sem igualdades estúpidas – isso não existe!- , se for a ser bem conduzido
pelo motorista pago pelo Erário Público num grande carrão, olhe pela janela e
veja gente, lá fora com fome!! Não lhe dói? Devia. Não faça que não vê! Não é
de dar esmola, é de reformar, cortando em si o que demasiado tem!
Talvez fosse agora de os deputados reverem em baixa não o seu numero, mas
os seus salários, baixar, significativamente, remunerações, era no mínimo um
exemplo, de quem diz estar representar o Povo. Talvez seja inconstitucional,
mas por certo É Humano, e dá para mais terem trabalho! Ou não?
Rebentemos todos juntos??
Augusto Küttner de Magalhães
Já nem felicito o Augusto pela lucidez dos seus comentários, porque essa lucidez e oportunidade temperam todas as suas intervenções na comunicação social e por, isso. não são novidade e pertencem ao nosso dia--adia. Mas lamento que a sua voz e o seu grito não cheguem ao lugares onde deviam e, se chegam, por acaso, os responsáveis e donos do Poder, não oiçam ou não liguem. Este país afunda-se tal como a selecção de futebol que não faz uma exibição que minimamente satisfaça e custa-nos os olhos da cara. Obrigado por tudo, e um abraço fraterno e lusitano.
ResponderEliminarMuito obrigado Joaquim.
EliminarUm forte abraço
Augusto