quarta-feira, 23 de outubro de 2013

OE 2014 não promove o crescimento

O défice inscrito no OE 2014 não é alcançável. Porquê não se terem feito cortes às PPP nem aos que devem 14 mil milhões de euros(!) ao fisco e à Segurança Social? O corte às PPP permitiria evitar subtrair nas pensões de sobrevivência. Razão tem Marisa Lopes, no “Diário Económico”: «A tesoura cega continua a ser aplicada aos salários e pensões. E os milhões vão directos para a banca»... A redução salarial origina menos consumo, menor produção em fábricas e empresas logo, mais desemprego. Está escrito: consumidores empobrecidos, empresas com baixa produção e quase descapitalizadas, não geram crescimento económico. Inscreveu-se no OE 2014 um avultado pagamento aos consórcios das parcerias público-privadas, assim como ao sector financeiro que irá ser contemplado pelo pagamento de juros da dívida pública, com valores de milhares de milhões de euros! A imprensa escreve, que a banca e os especuladores imobiliários foram os que mais contribuíram para a actual funesta crise e, para os seus fundos de investimento de imobiliário (que estão fechados), o OE 2014 mantém inacreditáveis e escandalosas isenções fiscais. É fácil e dá muitos milhões cortar nos mais desprotegidos, naqueles que ainda não têm vez e voz.

Vítor Colaço Santos 

2 comentários:

  1. Convenhamos que seria "ser um forte optimista", a pensar que destes iluminados iria "sair" algo de jeito!!!!!

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  2. O crescimento só pode suceder, se acabarem muitos passos burocráticos, que entravam toda a actividade que o cidadão queira promover, pois para manter imensos postos de trabalho inúteis, continuam a ser necessários mil e um papéis e pareceres nem que seja para reconstruir uma casa em ruínas. São meses de tortura e de desencanto. E se for para abrir uma pequena oficina, são anos de espera pela legalização, e sempre na penumbra das multas. Estes país tem muita gente a dar pareceres e pouca gente a trabalhar e a produzir riqueza. Posso não ter razão, oxalá não tivesse, mas é assim que penso.

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