Não devemos - evidentemente - criar ódios primários
contra a Alemanha e muito menos baixar o nível de comentários quanto à Frau
Merkel, mas talvez seja chegado o momento de pensarmos se tudo o que a Alemanha
nos faça é de aceitar. Se for, vamo-nos curvando a que nos entrem nas contas
bancarias seja qual for o valor que nas mesmas possamos ter e por aí adiante.
Poderemos, se der jeito aos credores, mormente à Alemanha, sujeitarmo-nos a que
nos “peguem” em casas, automóveis e tudo o que mais entenderem e “disso tomem
posse”.
A Alemanha deixando de ter a grande parte da Europa
como compradora dos produtos que produz – 60% da sua exportação -, nomeadamente
automóveis – Mercedes, Audi, BMW, VW, Opel – e não só, passou a lucrar e muito
mais, dado que nos últimos dois anos, nada de material nos dá em troca dos
juros que nos cobra dos empréstimos que nos são facultados para sobreviver. Como
não há limites, como dentro de um ano teremos toda a divida acumulada por pagar
e ainda teremos que pedir mais dinheiro emprestado, a Alemanha fá-lo-á desde
que entre nas nossas vidas, dinheiros e mais o que seja. Se não, é não. Ponto!
E temos cá - para uso e abuso interno - umas oposições
que unicamente sabem dizer “não a tudo” e os senhores do Governo que só sabe
dizer “sim, a tudo”. E entretendo caímos mais e mais a cada hora que passa.
E como já não somos só nós – antes pelo contrário - e
por muito que nos desagrade temos como companheiros a Grécia, o Chipre, um
pouco – bastante - a Irlanda e também já a Itália e a aproximar-se a França. E
mais virão. A Espanha está connosco.
Claro que temos que cuidar de nós e claro que temos
que ser muito mais meticulosos, mais atinados, mais pontuais, mas não podemos
morrer às mãos dos alemães e depois de termos comprado faz pouco tempo – não se
entende para quê! - dois submarinos alemães - pagos com os nossos impostos,
para proveito deles - que de nada nos servem, não nos podemos sujeitar a tudo.
Estará chegado o tempo de todos os países que não a
Alemanha, Holanda e Áustria, arranjarem uma moeda que seja muito mais baixa que
o Euro actual, ou aqueles três que se unam em torno de um novo Marco – saiam
eles do Euro - façam a vida deles, e nós faremos a nossa.
E até o Reino Unido que quer de tudo sair - do Euro
não, por não ter largado a Libra - por não querer ficar indiretamente subjugado
ao poderio da Alemanha, pode-se juntar a todos os países da Europa que estão –
estamos - a ser sugados financeiramente pela Alemanha.
Se nada fizermos, a divida de todos os países do sul
vai aumentar e não vai sendo paga e a Alemanha vai cobrando juros, juros, de
qualquer forma e feitio, e nós sujeitamo-nos, temos medo, andamos todos aflitos,
todos amedrontados, todos acabrunhados, todos em sufoco.
Está chegado o tempo de sair – todo - o Sul da Europa
e mais uns pauses que queiram alinhar, da ordem estabelecida pela Alemanha, que
hoje é da Frau Merkel mas se vier a ser um Social-democrata, o efeito é o
mesmo. Claro que a nossa nova moeda tem que ter um valor inferir a este Euro
actual. Deve ser para todos os países que não se aguentam neste Euro. Devemos
de seguida ser mais cautelosos a criar empresas, industrias, empregos. Mas se
nos sujeitarmos vamos de mal a pior a cada dia que passa e a Alemanha de nós a
rir-se!
Augusto Küttner
Infelizmente, a Alemanha na sua frieza matemática, vai dominando a Europa, transformada num acampamento de robots. Nós, porque a espinha dorsal de muitos dos nossos representantes é de geleia, estamos por tudo. Enganaram-nos com os Fundos Estruturais que eram para melhorar as condições sociais do país, porque contribuíam com uma parte e a outra, tínhamos de conseguir a crédito, endividando o Estado. Não fiscalizaram os consumos, porque lhes interessava que estruturas produtivas não fossem implantadas, para termos de continuar a importar e, ao mesmo tempo, pagaram para que destruíssemos a pesca, não fomentássemos os transportes marítimos de longo curso e destruíssemos a agricultura tradicional. A culpa não foi só nossa, mas somos só nós que sofremos as consequências, dada a indiferença da UE, de que somos parte.
ResponderEliminarSem dúvida, Joaquim.
ResponderEliminarabraço
augusto