quinta-feira, 14 de novembro de 2013

em 'O Livro em Branco' - 15 (continuação - pág. 24)


ao longe

sinto ao longe

a suave magia

do dia

que virá (não de bruma, mas de luz)

no cais da ida,

não partida.

 

saída

para então

regressar,

sem recordações

e sem nada,

que me leve

a pensar

no meu ‘eu’ de cá.

 

eu,

como vim

assim vou,

pois nada morreu,

se até fortaleceu

a esperança de viver

nesse ditoso dia,

porque

não vou partir

                   vou-me embora!

 

Nota: poema congeminado, antevendo o regresso à ‘metrópole’, após a ‘forçada’ estada em terras ultramarinas, durante a guerra colonial.

 

José Amaral

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