ao longe
sinto ao longe
a suave magia
do dia
que virá (não de bruma, mas de luz)
no cais da ida,
não partida.
saída
para então
regressar,
sem recordações
e sem nada,
que me leve
a pensar
no meu ‘eu’ de cá.
eu,
como vim
assim vou,
pois nada morreu,
se até fortaleceu
a esperança de viver
nesse ditoso dia,
porque
não vou partir
vou-me embora!
Nota: poema congeminado, antevendo o regresso à
‘metrópole’, após a ‘forçada’ estada em terras ultramarinas, durante a guerra
colonial.
José Amaral
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