terça-feira, 12 de novembro de 2013

o Livro em Branco - 13 (continuação - pág. 22)


Noite de ternura

Tenho desejos de verdura
Sinto saudades de espera
Sinto desejos ardentes
Tenho gritos quentes
De gritar ao vento
O meu grande lamento
A minha imensa amargura
De viver com tanta agrura
Porque não queria ter
Nem mesmo ser
A dor dos sonhos-ilusão
Da juventude em botão
Que caiu em jardim sem flores
Onde se choram amores
Que longe choram também
Porque estão sós, sem ninguém.

nota: poema nascido em África durante o tempo que estive na Guiné em serviço militar obrigatório (1966/1968)

José Amaral

 

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