Num país democrático em que cada cidadão tem a liberdade de
dizer e de fazer o que lhe ‘dá na real gana’, enquanto outros roubam ‘à
fartazana’, e outros ainda (no meio deste nosso instalado turbilhão anti-social
e de completo desregramento vivencial, tanto no público como no privado), fazem
o que podem sem saber ao certo se actuam na legalidade ou fora dela, ou pior
ainda, se na ilegalidade se julgam mais legais do que aqueles que tudo cumprem
sem qualquer sinal de revolta.
E, nesse sentido, debruço-me apenas sobre a manifestação de
milhares de elementos das forças de segurança pública em frente do Edifício da
AR, que culminou com a invasão pacífica (permitida) da escadaria defronte do
referido Edifício do Povo, após terem ultrapassado e derrubado as barreiras de
protecção ali colocadas.
Plenamente ciente de todas as razões que lhes assistiu em se
terem manifestado, apenas faço a seguinte pergunta: quando outros sectores
laborais e sindicais se manifestarem, as (mesmas) forças policiais de segurança
pública receberão tão pacificamente tais manifestantes, como agora aconteceu
entre invasores e invadidos?
José Amaral
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