domingo, 3 de novembro de 2013

O Voto em Branco outra vez

Primeiro chamou-me a atenção o nome do homem: João Maria de Freitas-Branco.
Este Freitas-Branco não é, aparentemente, músico, mas antes neto de compositor, filho de musicólogo e sobrinho-neto de maestro. Conhecido como filósofo, autor, homem de esquerda, professor e co-fundador do Movimento para a Democratização do Regime. Li integralmente a entrevista que deu ao PÚBLICO, publicada hoje. Uma ideia do filósofo foi sublinhada e aumentada pelos jornalistas São José Almeida e Nuno Ribeiro: "Estou cada vez mais convencido que o voto em branco e o voto nulo é o voto mais consciente, é o voto de pessoas que são as mais politizadas".
Fiquei mais «descansada» e esclarecida. Ultimamente tenho votado em branco (desde a desilusão que tive com Fernando Nobre), porque não me identifico nem me revejo nos actuais partidos. 
Segundo Freitas-Branco, "61% do eleitorado não votou em partidos" nestas autárquicas.
Também penso, como ele, que o eleitor é desrespeitado. "Se se mantém tudo igual, então a reacção do eleitor só pode ser o voto em branco ou o voto nulo."
Freita- Branco é mais um a diagnosticar uma democracia "debilitada" e que a representatividade tem que ser repensada e alterada. "É preciso acabar com a partidocracia", arremata.

1 comentário:

  1. No processo aditivo de cores, pela adição das cores primárias verde, vermelho e azul, obteremos o branco, que numa definição assaz curiosa, o Branco significa – paz, pureza, frio, vulnerabilidade, dignidade, divindade, harmonia, inocência.
    Em termos políticos, parece-me que seria isto o ideal numa sociedade efetivamente interessada em construir o bem comum e não o bem pessoal, ( o meu ) mas sim o bem do outro ( o nós ).
    Se aqueles que se arvoram em representantes do povo não têm como premissa o bem comum, por não quererem fazer a adição da sua cor à do outro ( consenso )abdicando da sua, então que atitude tomar?
    A abstenção é a atitude da não participação, do abdicar do direito e dever de cidadania de tomar parte no governo da coisa pública.
    O voto nulo será uma atitude pouco honesta pois não define uma atitude de participação, exerceu o direito/dever mas não assumiu posição.
    Então o que nos resta? Se escolha não há!?
    BRANCO

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