Exportar só, não chega (COM OUTRO TITULO NO DN DE ONTEM)
Havendo cada vez mais necessidade de fazer a nossa
Economia crescer, aumentar unicamente a exportação, não é suficiente.
Se em paralelo não fizermos crescer o mercado interno,
vamos conseguir continuar - ou não - a aumentar exportações, talvez com um
quarto da população activa que hoje temos, dado que a restante não tem como
viver “cá dentro”.
Para além de que, a “praga viva” de reformados e
pensionistas se continuarem a ser asfixiados até não conseguirem sobreviver,
como não podem emigrar vão morrendo à mingua de tudo: comida, medicamentos,
assistência Mécia, carinho, numa palavra “vida”. Por não haver economia que a
sustente! Este aspecto, só este, pode ser de alívio a muito boa gente, e
justificação para não melhorar a economia!
Assim, sem se ter que voltar a (re)incentivar o
consumo interno “via betão” – nunca! - , ou seja, construindo mais do que já
temos e não sabemos que fazer, e se “isto” pudéssemos exportar, que bons
benéficos daria – vender lá fora, o que quase novo fizemos e não é usado. Temos
que engrandecer a economia, pela economia, e não só para “lá para fora”! –
temos que virar a economia , também, para bens de consumo/utilização por e para
nós, que a façam mexer, crescer. Ajudar-nos a todos.
Para isso, será indispensável lembrar, que os que cá
estamos, novos, meia-idade e velhos temos direitos e deveres – por vezes estes
esquecemos – e vontade de cá continuar, mas com alguma qualidade de vida.
Assim, temos que dar muito mais impulso a tudo o que
tradicionalmente já sabemos fazer – sempre apostando na qualidade e para
melhor: turismo, calçado, têxteis e vestuário, vinhos, azeites, e mais!
Tudo para ter quota de exportação, mas também para
“consumo interno”, nosso.
Temos que saber fazer – todos – uma viragem de 180º em
variadíssimos aspectos, por muito que difícil nos possa parecer. Assim, temos
que nos saber programar e deixar o “desenrasca” como ideia do passado –
aprender com a memória para não repetir -, temos cada vez mais que ter
antevisão e fazer, tudo, com princípio, meio e fim.
Temos que ser menos individualistas e saber estar
melhor em equipa. Temos que usar a pontualidade como um lema, e atirar” às
malvas” o quarto de hora de atraso, “académico”, que depois passou a ser um
atraso, em tudo, e de todos! .
Tudo o que prometemos temos que cumprir, custe o que
custar e a quem custar.
E, tendo que ter qualidade de vida, não necessitamos
de modo algum de ostentar os maiores e melhores automóveis que existem – e
nenhum cá fabricado! – nem tudo o que não passe de “estatuto”, que se “tem mas
não se é”! O culto da importância! Basta termos tudo com qualidade, à nossa
medida, nunca para e por exibição, mas para nos ser útil e de boa utilização.
E, a economia funcionará para a exportação, mas também e com força, para consumo
interno, que gera mais valor e mais dinheiro, e mais bem-estar, e não tanta
necessidade de emigrar e velhos matar!
Augusto Küttner de Magalhães
Novembro de 2013
(COM OUTRO TITULO NO DN DE ONTEM)
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