I
Já por aqui passei
Mas de que modo o fiz,
Por acaso sonhei
Ou isso nada me diz?
Não sei, mas até pensei
Que aqui fui infeliz,
Será verdade ou sonhei
Ser até muito feliz?
Interrogo-me agora
E em todas as desoras,
Se a minha alma chora
Alegra-se em outras horas?
II
Passa um gaiato expedito
Tão ladino como o vento,
O seu riso é tão bonito
Como auréola de um bento.
Agora, a passo arrastado,
Vejo um corpo estafado,
Se outrora foi expedito,
Hoje, procura ser bendito.
O tempo tudo altera
Torna velho o que foi novo,
Mesmo na primavera
Nem sempre há renovo.
José Amaral
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